Outono

O Outono podia muito bem ter ficado onde esteve até agora, mas eu tenho a mania de encarar tudo pelo lado positivo. E como tal, existem coisas no Outono de que eu gosto. Deixo aqui a minha lista só do que eu gosto no Outono:

- O cheiro húmido e fresco da manhã
- O arrepio ao vestir um casaco
- Sentir esse arrepio porque estou a aquecer e não pelo contrário
- Poder pôr as mãos em cima do volante quando deixo o carro ao sol
- Os abraços serem mais longos
- Ter menos borbulhas
- Passear a pé e o sol não me queimar a pele
- Ver as montras cheiinhas de coisas fofinhas e quentinhas
- O cafézinho saber-me tão bem...
- As folhas das árvores terem mudado de tonalidade, o que significa
que ainda que eu ande pelos mesmos sítios, a paisagem está diferente.

Eu sei que o Outono começou há uma semana, mas... ainda vai muito bem a tempo.

Regresso 2

Pois de regresso às lides laborais, verifiquei que ainda sei de cor códigos de artigos, preços de custo, preços de venda ao público e não tive dificuldade nenhuma em retomar o que ficou pendente. Todo o descanso e esvaziamanto de memória que eu sentia devido às férias, evaporou... e hoje tenho a sensação de que não descansei porra nenhuma!... Bolas!...

Férias mesmo a acabar

As minhas férias estão no fim. Ainda me falta gozar uma semaninha mas vou deixá-la lá para o fim do ano ou princípio do próximo, logo se vê.
Durante esta semana em casa, fartei-me de andar de um lado para o outro: ir buscar os ricos filhos à escola, preocupar-me com o almoço, comprar o que faltava de material escolar, ir ao ginásio, ir buscar o marido, ir levar e buscar o rico filho ao futebol, ir à escola tratar de uns assuntos, enfim... uma correria. Ser dona de casa, mãe e esposa também cansa e não é pouco.
É muito giro ir à escola onde andam os meus filhos e reconhecer caras de quando eu própria andava na escola. Caras que andaram comigo na escola e agora também os seus filhos lá andam, ou caras de auxiliares de educação (no meu tempo chamavam-se contínuas, mas pronto...), o que é giro é que ainda lá estão algumas tal como há mais de 30 anos estavam.
A foto em cima é uma das novas ruas da cidade onde moro, Loures. Ao facto de esta nova rua existir chama-se progresso. O Loureshoping tornou necessária a construção de acessos e ainda bem que os construiram.

Boa semana para todos!!!

Reencontro

Pois é... hoje reencontrei uma "amiga" de infância. Andámos juntas na Escola Primária e mais tarde no Ciclo Preparatório. Passo a explicar porque escrevi entre aspas a palavra amiga:
Ela tinha um feitio um tanto ou quanto especial (quem não tem?), era uma criança de lidação difícil, com muitas variações de humor, ora se dava muito bem comigo e queria brincar ora nem por isso, tinha ciúmes de todas as crianças e estava sempre a desdenhar de mim e das minhas coisas. Mas eu também tinha (e tenho) um feitio especial e ainda que nos zangássemos com frequência, chegando mesmo a agredir-nos fisicamente, a maioria das vezes eu sabia dar-lhe a volta e tinha paciência para isso.
Lembro-me de uma vez em que ela esteve muito doente devido a um grave acidente, tínhamos nós uns 13 anos mais ou menos. Ela tinha regressado havia poucos dias do Hospital. Como morávamos na mesma rua, a mãe dela disse-me que ela chamava por mim e eu fui visitá-la. A cabeça dela não estava boa, estava como que ausente mas quando percebeu que era eu que estava ali, agarrou na minha mão com força e não queria largar-me. Lembro-me que me senti completamente perdida, sem saber que dizer ou fazer. Deixei-me ali estar sem resistir até que ela me largou. Apercebi-me naquele momento que ela de gostava de mim a valer.
Poucos anos depois a vida dela tomou um rumo muito diferente do meu e vimo-nos pouquíssimas vezes mas hoje reencontrámo-nos casualmente.
Agora, adultas que somos, todos os maus momentos se desvaneceram, são águas passadas. Não existe ressentimento nenhum de parte a parte. A pequena conversa que tivemos hoje terminou com um "gostei de te ver".
É muito interessante como o tempo muda a maneira de ver as coisas e de as sentir.

Escrevendo

Antes de sequer saber da existência de blog's, não me tinha apercebido que existe tanta gente com vontade de escrever.
Eu sempre gostei de escrever mas não o faço desde sempre. Quando era adolescente tive um diário no qual registava o que fizera nesse dia e o que sentira. É claro que também descrevia as paixonetas próprias da idade. E foi por isso mesmo que um dia, com medo que o meu irmão descobrisse que eu tinha um diário e porque tinha pavor de que alguém lesse aquilo deitei-o fora. Uma atitude de que me arrependo até hoje. Gostaria muito de ler hoje o que escrevi quando tinha 14 anos.
Passaram quase 2 décadas para eu voltar a escrever num diário, escrevo desde 1999. Nos primeiros anos escrevia muito esporadicamente, mas desde 2004 escrevo quase todos os dias.
É uma escrita totalmente diferente da que faço aqui. Sento-me na minha cama, abro o caderno e escrevo o que me vem à cabeça acerca do dia que passou. É uma escrita espontânea e a abordagem dos temas é feita de um modo muito mais intimista do que faço aqui.
Aqui no meu blog faço rascunhos ou tiro apontamentos durante o dia daquilo que achar interessante para partilhar e escrevo-os assim que tenho oportunidade.
No início custou-me um bocadinho ter dois tipos de escrita, parecia-me que tinha dois modos de pensar, duas personalidades que nem sempre se davam bem uma com a outra, mas agora já andam de mãos dadas.
Quando descobri os blog's, levei algum tempo a decidir-me a criar um. Até que houve um dia que achei que dali não passava e pronto!... Cá estou eu!...

foto: o caderno que anda sempre dentro da minha mala

Ainda de férias

Adoro esta sensação de não ter que fazer nada. Poder (ainda) fugir à rotina mais uns dias.
É claro que esta semana vai passar a correr. Não vou conseguir fazer tudo aquilo que gostaria, já é costume isso acontecer. Mas também é costume eu deixar o tempo passar sem pressas nem correrias. Tenho sempre alguns planos, mas também penso sempre: o que fizer fiz, o que não fizer paciência...
Estas férias estão a saber-me muito bem, estou descansada. Estou tão descontraída que há pouco no Ginásio nem conseguia lembrar-me do meu número de inscrição. Eu sei que parece uma coisa simples e sem importância mas é nestas pequenas coisas que às vezes eu analizo o meu estado de espírito.

Aquela da foto... pois... sou eu em Cap de Sant Antoni que fica muito próximo de onde ficámos instalados.

De regresso

As férias serviram para descansar o corpo e a mente, e também para ter mais tempo para observar tudo e todos.
Apercebi-me de que que os meus filhos, na impossibilidade de terem para os distrair, a Playstation e a bola (ele), o PC e os amigos (ela), rapidamente descobriram que se tinham um ao outro e ultrapassaram com facilidade vícios e saudades.
Senti-me muito feliz e orgulhosa, porque esta atitude revela que eles no futuro serão adultos com muitas recordações de infância passada em conjunto e também serão adultos com uma personalidade bem formada, que não se deixa abater por qualquer "problemazito".
Admirei bastante a forma como eles lidaram um com o outro, só se tinham um ao outro e rapidamente acharam formas de passar o tempo agradavelmente com aquilo que tinham: praia e piscina.
Têm afinidades e cumplicidades, são irmãos e deram-se como tal.
Ficar longe de casa é um teste à nossa personalidade. Ainda que as férias sejam muito apetecidas, nunca é fácil ficar longe de casa, sem as nossas coisas, os nossos costumes e até sem a nossa língua.
Estas férias foram passadas em Espanha e é interessante como o nosso cérebro se habitua a uma língua estranha. Ao fim de poucos dias até conseguimos distinguir diferentes pronúncias conforme visitamos diferentes localidades. Habituamo-nos gradualmente à fonética da língua castelhana e conseguimos entender com facilidade os noticiários ou o empregado do restaurante que "despeja a 100 á hora" o que há para comer.(lol)
Resumindo, as férias serviram para lembrar valores que por vezes na azáfama do dia-a-dia, esquecemos...

Adenda: a foto em cima é a nascente do Rio Mundo em Espanha, uma das primeiras fotos tiradas nestas férias. Eu sei que parece uma montagem, mas garanto-vos que não é. Descobrimos aquele lugar por acaso e ficámos deslumbrados com tanta beleza...

Teste

Pois ... é mesmo só para testar.