sexta-feira, 29 de setembro de 2023

29 de Setembro de 2023

Diz Mr. Google que o melhor é publicar aqui algo, pois, quando não, este blogue desaparece. Como o algo, neste caso, pode ser o que for, havendo, portanto e aqui, montes de indiferença, cá está uma publicação.

sábado, 14 de julho de 2012

Olá e Adeus

'Olá' porque o leitor chegou. 'Adeus' porque este blogue termina hoje. Hoje, sim. Ou terminou, que quando os leitores se fizerem chegados este dia será passado.
Estou triste, desolada, vazia, e não é pouco, não. Não termino o blogue com o espírito desanuviado, escrever um post de despedida é difícil, castiga-me, e posso dizer que ando há meses a preparar-me psicologicamente para este acontecimento. Tem de ser, um dia tinha de acontecer. É hoje.
Numa atitude egoísta, quiçá, esperei propositadamente por este dia, 14 de julho, assim termino um blogue que tem exatamente 75 meses de vida. Acho que fica bem, dá um ar de festa, é para eliminar a tristeza advinda do términus, ou assim, uma espécie de bodas de brilhante (pesquisado aqui), vá.
O leitor não ligue muito à última frase do parágrafo acima, eu não estou feliz nem me apetece comemorar nada, tenho é a mania de ir buscar o contrário do que estou a viver, é assim que me protejo do sofrimento.
Os motivos da desistência são de certo modo impublicáveis e também completamente desengraçados, não os quero ler ou reler, muito menos escrevê-los, senti-los já é mau quanto baste.


Não quero desaparecer deste espaço sem dizer que o mesmo foi importante e especial para mim, aqui aprendi uma catrefa de coisas importantes, conheci pessoas fantásticas e vivi momentos inesquecíveis. E foi escrevendo – esse ato tão maravilhoso e louvável quanto vil e desprezível - que todas essas coisas boas aconteceram. Resumidamente é assim: muito simples.
Acrescento uns enormes e sinceros agradecimentos aos leitores que sempre me visitaram independentemente da diversa e disparatada verborreia aqui depositada.
É agora. Vou abandonar um blogue que construí durante seis anos e três meses... E que sempre representou muito na minha vida. Mas mato-o agora, impiedosamente. Matar, nunca duas vezes!

E agora só me resta o adeuzinho final e assinar por baixo,

Gina G

quarta-feira, 11 de julho de 2012

44

Hoje faço anos. 44 (quarenta e quatro). Poder-se-á dizer que estou de parabéns. É justo, hoje há uma batida certeira na minha idade, tenho 44 anos, nem mais nem menos → estou de parabéns.

(Não interessa para nada que este post tenha sido preparado com dias de antecedência, pois não? É que tive 43 anos até ontem à meia-noite... Pois não, não interessa.)

Eu, em 8 de julho de 2012, no Pinheiro de Loures, a terrinha saloia que me viu crescer...

(Assim como não interessa para nada que aquando da foto ainda reinassem na minha vida os tais 43 anos. Pois não, não interessa mesmo nada...)

Tenho 44 anos. Quatro dezenas, quatro unidades. Hoje é quarta-feira, o ano é bissexto, o que acontece de quatro em quatro anos.
Os anos são bissextos → 1968 e 2012, números pares que se dividem facilmente... Em 4.
O dia é 11 → número ímpar, 11 vezes 4 é igual a 44, o número dos meus anos. O mês é 7 → número ímpar e indivisível, ou inclassificável nesta trama numérica que hoje invento. Aqui não há nada a fazer, a não ser dizer que simboliza a diferença, o imprevisível, digamos que é o espírito desta história e não se fala mais disso.
Ena, tantos quatros... Não sou um mero acaso, não. Sou alguém em cuja vida há um dia assim, cheio duma matemática inventada e sobejamente interessante. Eu sabia que um dia ia descobrir porque sou especial; única; preciosíssima. Sou a pessoa que inventa interesses onde não existem e os faz perdurar.
De seguida irei repetir-me, deixo novamente uma frase resultante duma conclusão que tirei há largos meses:

«A vida é matemática e coincidências, só passa daí porque a gente quer.»

Este texto comemorativo do meu quadragésimo quarto aniversário não trata apenas de números – mesmo que em tantos números já tenha deslindado algures uma alma -, quero descrever-me, abandonando o ego, o intimismo e o pessoalóide:

Gosta de dar nas vistas
Sabe dar nas vistas
Nunca quer dar nas vistas
Não gosta de dar nas vistas
Não sabe dar nas vistas
Quer dar nas vistas

Fácil, não?! Eis a minha personalidade e a minha alma e o meu cerne e a minha essência, esses todos.

E agora vou ali trabalhar e divertir-me um bocado, que o dia é especialmente bom e digno.

Ah, um lembrete aos leitores... A não esquecer, portanto:

«A vida é matemática e coincidências, só passa daí porque a gente quer.»

terça-feira, 10 de julho de 2012

A falta

Tenho

muitas

saudades de escrever o que é

muito

esquisito, uma vez que hoje passei

muito

tempo a escrever.

É já a seguir...

Seguidamente, os textos seguintes seguir-se-ão...
Adiante.
Registo agora os começos das minhas histórias do 'medo', horríveis e impossíveis. Só os começos, não terminei nenhum, para meu horror. Desisto, não é a minha onda, decididamente. Não participarei na próxima coletânea da Pastelaria Studios Editora.
Registo os meus começos porque me é impossível deitar trabalho fora, custa-me horrores...

Caso temerário

Tenho medo de escrever. Escrever é um bicho grande e feio e feroz e ruim, um papão de criancinhas indefesas e lindas.


Medo

Querem medo e coisas impossíveis.
Explanar o medo de escrever e isso. Fazer a cena dentro do fantástico, por assim dizer, não com o bicho-de-sete-cabeças que esse já se fala dele há tanto tempo que não é de todo impossível de existir, inventar um monstro de frases, que ande arrastando o andar com as letras a cair por ele abaixo, gritando socorro…


Descrição temerária

Primeiro pensei na Milena, que eu sei ter uns medos esquisitos. Medo, era o que queriam. É?! Então falo da Milena.


Sugada (descrição temerária)

Milena no banho. Antes, feliz da vida. Depois, o cabo dos trabalhos, o horror.
Sugada pelo ralo da banheira, no fim de grande descrição temerária.


Milena em apuros

Entra decidida no espaço sideral. Milena é uma mulher forte e segura. Desconhece o que quer dizer 'espaço sideral' mas sendo uma mulher decidida acha-se capaz de entrar num espaço desses.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Motivo para escrever

Pois é, de momento estou motivada a escrever um texto acerca dos anónimos que circulam pela blogosfera, deixando comentários desdenhosos, quiçá cruéis. Os anónimos desta vida virtual aparecem sob uma forma abstrata, dá-lhes jeito, olha só a gente ficar-lhes a conhecer o rasto... Não dá, ? Não teria qualquer pilhéria, o giro é os anónimos cutucarem, bem agachados para ninguém os ver e assim poderem observar sordidamente o ser que perturbaram, certificarem-se que está muito perturbado mas permanecerem incólumes, é aí que reside o interesse desta estirpe. Sei como é, a blogosfera é perfeita para motivar a prática do escárnio e desdém.
Através deste texto vou usar uma bravura fingida, possuo a mesma arma dos anónimos, também eu estou atrás de um computador, ilusoriamente protegida, mas com uma diferença: deixo-me ver tanto como o gato que esconde o focinho e o dorso esquecendo o rabo à mostra: o meu blogue é este, o meu nome é tal, o meu lugar é aqui.
Mas indo até ao cerne – motivação - a presença de um anónimo malfazejo no blogue, espezinhando os meus escritos, descompondo a minha essência, é extremamente motivadora. A vontade é responder de imediato e se fosse possível apertar-lhe o pescoço virtualmente fá-lo-ia de bom grado. Mas não dá, o anónimo é a tal figura abstrata, sem rasto, como já referi, esfuma-se rapidamente, podendo ser e parecer qualquer pessoa e ninguém em especial, tudo em simultâneo.
Eu, quando atingida por um desses espécimes detestáveis, limito-me a deitar esses comentários menos bons no lixo, não fazendo caso das frustrações sem rosto, cuido o meu blogue de maneira a que não venha a recordar futuramente tais impropérios, era o que faltava: palavras ruins sem que sejam as minhas aqui no blogue... É que nem pensar!
Na primeira bolachada mantenho-me caladinha, não tenho prazer nenhum na discussão, na argumentação, são coisas que me aborrecem e me aprisionam a conversas que não quero ter. Discutir e/ou argumentar são-me, portanto, profunda e perfeitamente dispensáveis, não me motivando absolutamente nada. Que tédio
E eis que uns dias depois o anónimo retorna e arremessa, a ver se havia motivo para eu lhe escrever ou dar-lhe atenção, a qual é perfeitamente imerecida. E ele, vendo o meu blogue vazio das suas palavras, arremessa nova bolachada. Ora bem, assim já há motivos, já começas a motivar-me. Se voltas é porque gostas de ler o meu blogue imperfeito, guardaste o endereço, queres ler o que escrevo, a ver através de que frase ou simples palavra podes espicaçar, tens um interesse que nunca assumirás. Sei como é, não és o meu primeiro anónimo, não, e olha que funcionam todos da mesma maneira. Ofendem e ofendem e ofendem. Não sabem fazer mais nada. Agora me lembro, acaso estarão desmotivados com a sua própria vida?
Sim, eu estou motivada a escrever, lá isso estou. E estou a aproveitar a publicidade, ah pois estou → este texto será apresentado no blogue 'Fábrica de Letras', sítio de onde este anónimo surgiu, destilando a fúria, só porque se vê e imagina perfeito.
Restam os agradecimentos:

Obrigadinha pelo ânimo 'migo, ajudaste-me a construir mais um texto imperfeito.


Nota: texto enviado para o blogue 'Fábrica de Letras', sob o tema proposto para o mês de julho: Motivação.

domingo, 8 de julho de 2012

Passeio de domingo, em 8 de julho de 2012



Pinheiro de Loures atualmente carregado de betão; foto em modo Orton...




Árvore moradora no Pinheiro de Loures e eu; foto em modo duplamente suave.




Local por mim apelidado de 'Sítio do Louro'; foto em modo Cores Invertidas.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Conversa telefónica

Um homem falava ao telefone assim:

«Dois pés e uma base. Dois pés, dois pés e uma base. Não esqueça: uma base... Sim, dois pés, uma base, uma base.»

Como é que eu sei que era mesmo assim? Sou muito boa nisto de fixar o que as pessoas dizem. Muito boa mesmo. Posso não saber que dia é hoje, levo um tempão até descobrir, no entanto fixo coisas que não lembram a ninguém nem interessam para nada, a não ser para encher um blogue.

O mistério é outra coisa

Sempre que viajo de metro e saio na estação terminal vejo o mar de gente e eu no meio, igualando-os nos gestos, qual formiguinha de carreiro. Frequentemente vem-me à cabeça um pensamento: 'quem dentre estas pessoas terá um blogue, escreverá livros ou histórias, manterá aceso o desejo de escrever?'
Há dias estive num lugar onde seguramente havia muitos bloguistas e escritores, ena tanto bloguista, tanto escritor... Não me fiz a mesma pergunta, o mistério é outra coisa.

Nota: post de certo modo relacionado com A minha historinha

Procurando uma t-shirt patxau...

Na loja de roupas estava uma senhora a quem eu tinha vendido há poucos minutos uma esponjinha de raspar as calosidades dos pés. Fiquei a ver se realmente era ela e esbarrei num dos expositores, o qual se moveu um bocado e deitou três peças de roupa ao chão.
Não é nada de mais, bem sei, se ainda por cima ninguém viu esta trapalhona. Algo de mais seria se eu fosse cumprimentar a senhora e a convidasse para um café. Depois, em conversa, descobriríamos que afinal tínhamos andando juntas na escola, faríamos uma grande festa, recordando peripécias e cenas do caraças. Isso é que era!

Malas

A mulher da loja das malas dantes era gira, ou tinha a mania, agora está uma quarentona como eu.
Um dia, nos nossos trinta e picos, fui lá saber preços de malas, não me lembro bem mas devo ter dito qualquer coisa como 'malas que não sejam caras'. Respondeu-me desdenhosa que só tinha malas caras. Fiquei horrorizada com o atendimento da mulher mas não disse nada, na altura não possuía a impetuosidade de agora. Saí dali e pronto.
Mas não esqueci, nunca a esqueci. De vez em quando vejo-a, será por isso que a lembrança vai e vem.
Dantes éramos trintinhas, agora somos quarentonas. Ela não está menos arrogante, a aura petulante é notória na sua postura, mesmo que só a veja na rua de soslaio consigo percebê-la bem. E eu... Bem, eu estou muito mais parecida com ela, tenho a mania...

Julho → chegaram as bruxas

Lisboa, 6 de julho de 2012

Julho → em paragens saloias

Loures, 5 de julho de 2012

Cúrius, o curioso

«Dá cá um beijinho, vá, trocas-me o nome só porque a fonética é o que te sugere. Não me chamo Július mas não faz mal, divirto-me à mesma. Dá cá um beijinho, hoje apetece-me cumprimentar-te assim, chega cá...»

Depende dos dias, às vezes o Cúrius quer um beijinho, é conforme.
Adenda: eu divirto-o. É recíproco, caro mancebo, fica sabendo que é recíproco.

Frase motivadora

«Há que viver.»

(Frase motivadora → um bem comum... Aproveitemo-lo como tal.)

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Breve pensamento

As pessoas deviam agradecer-me o facto de eu passar a vida a pensar nelas e a escrevê-las. Isso sim!

Entrada

Lisboa, 4 de julho de 2012

Deu-me tanto trabalho tirar esta foto... Oh céus!

Anestesia

Sai um homem do consultório meio ausente. A dentista e a assistente vêm atrás.
A dentista tem um rubor facial e um brilho no olhar.
A assistente está bem-disposta, com um ar natural, é simplesmente uma pessoa simpática.
O doente está meio azamboado da anestesia.
Marca-se a próxima consulta.
Assistente procura uma data livre.
Doutora determina muito rapidamente uma data que lhe parece bem.
Doente espera, embalado por aquele rufar de fêmeas disponíveis em pelo menos duas frentes: social e civil.
Assistente chama a atenção da doutora, nesse dia não.
Doutora fica apreensiva demais para o caso, estranhamente. Tem uns gestos nervosos, rápidos, despropositados.
Doente espera, complacente, mas é tudo devido à anestesia.
Assistente marca um outro dia.
Doutora refaz-se e diz que está muito bem assim.
Doente queixa-se do inchaço na cara, que agora vai para o escritório e os colegas pensam que ele bebeu demais. Pestaneja lentamente, um tanto ou quanto lânguido, mas é tudo da anestesia.
Doutora, porém, está bem desperta... Só falta o suspiro e o arfar, sinais exteriores, que aos interiores não chego eu... Mas imaginar ou supor está ao meu alcance.
A assistente já não interessa para nada, nem a mim me interessa, já.
É tão notória a química entre os outros dois... Qual anestesia, qual carapuça? Isso sou eu a imaginar, que às vezes, a bem da verdade, não imagino coisa nenhuma que jeito tenha.

Leitura

O senhor arquiteto leu o meu texto! Sorria ao ler. Leu tudo. Gostou, diz que sim senhor, muito bem, agora é continuar.

Nota: post acerca d' A minha historinha

Dias de um ginásio

No final da aula, à despedida, diz o professor de Pilates:
– Bom descanso.
Bom descanço, o caraças! Olha-me este...
Ainda me falta meia hora disto
mais meia hora daquilo
mais os alongamentos
mais o banho e os cremes
mais ir comprar o pão
mais apanhar a roupa
mais escrever no blogue...

Dias de um ginásio

Tenho dois professores do ginásio na minha lista de 'amigos' do Fuçasbuque. Agora é que eu sou mesmo muito importante nestas andanças!

Linguarejar

O tailandês troca os érres pelos ésses, diz mesda em vez de merda. Fica lindo:

– Vai à mesda!

Mira lo tendero!

Vendi um estendal a uma cubana.
Às vezes calham-me assim estas coisas giras. Agora, quando a senhora estender as roupinhas vai lembrar-se da minha amabilidade.

Sonhar não custa nada...

Joguinho

Dona Maria do Céu pede quatro pastelinhos de bacalhau, que vem buscar depois.
Homem da cafetaria pergunta se quer para já.
Dona Maria do Céu diz que vai ali assim comprar pão e depois passa a buscar.
Homem da cafetaria pergunta se quer para dali a quê... meia hora, uma hora?
Dona Maria do Céu diz que os pastelinhos de bacalhau são para o almoço, ai são tão bons.
Homem da cafetaria pergunta se quer vir buscar mais tarde, às 13h?
Dona Maria do Céu diz que vai dar ali uma volta e à padeira buscar as carcaças e depois passa a buscar os pastéis.
Homem da cafetaria... Manda fritar imediatamente os pastéis e pronto!
Dona Maria do Céu diz que... E lá foi ela dar a voltinha, comprar as carcaças, se fosse quarta-feira ia também comprar o jornal 'O Crime'. Ou é à quinta-feira que sai este jornal?

Gesto

Como é que um surdo-mudo gesticula a palavra 'mulher'?

Ondulando as mãos ao nível dos próprios peitorais para fingir que tem mamas, claro.

Pequena achega, pequena mas sobejamente interessante: a ‘mulher’ a designar… Era eu.

Motivação

Precisava de ideias. Pedi ao meu colega uma frase motivadora.

«Ao serviço dos clientes, estamos a arranjar lenha para nos queimar... E assuntos para escrever!»

Criativo, o bicho, hã?

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Acerca da realidade do factos

As pessoas deviam ficar satisfeitas, felizes e orgulhosas por eu as eternizar nos meus escritos.

Olá, boa noite...

Hoje é dia 4 de julho de 2012, são onze e tal da noite e estou a fazer um adenda a este post.
Que me lembre nunca dei tanto nas vistas virtualmente como no post em questão. Devo dizer que:

  • Desconhecia haver tanta gente perfeita
  • O dito texto é uma produção pouco esmerada e sem profundidade
  • Não sou perfeita, logo, não produzo textos perfeitos
  • Tento aperfeiçoar-me sabendo de antemão que jamais serei perfeita
  • Os perfecionistas são aborrecidos porque são previsíveis
  • Quis referir-me aos perfecionistas em extremo, nunca às pessoas que, como eu, buscam pegar em algo e fazê-lo perfeitamente, nunca às pessoas que, como eu, mantêm uma ordem de trabalho
  • Abomino a previsibilidade, venha ela donde vier, tome a forma que tomar, chateia-me; aborrece-me
  • No ponto anterior estou a ser extremista, também posso, não me acho diferente de ninguém
  • Se a previsibilidade não existisse sentir-lhe-ia a falta, indubitavelmente
  • Se os perfecionistas não existissem o mundo estaria mais pobre 
  • Se as pessoas que buscam a perfeição, independentemente da sua não-existência, o mundo estaria muito mais desleixado
  • Sou um ser humano único e especial, como já referi: não sou diferente de ninguém
  • Gosto de escrever; preciso de escrever; enlouquecerei se não puder escrever

Eh pá... Eu gosto é de escrever, ora que porra! Não venham para aqui mostrar-se ofendidinhos(as) por serem perfeitinhos(as), ok?!

Mil desculpas

Ó Gina, desculpa lá mas eu não vou ler a tua história. Não leves a mal mas olha... Só para tu veres: eu adoro carros, tenho revistas aos montes lá em casa, adoro aquilo mas só leio as letras gordas. E é de carros! Eu adoro carros! Por isso, já vês. Não leves a mal mas olha...

Nota: post acerca d' A minha historinha

O buraco

A cercania está toda esburacada, andam a pôr tubos e fios por aí. Melhoramentos, digamos.
Esta malta das obras é sempre muito bem-disposta, dá gosto vê-los. Eu cá gosto. Acho graça aos que estão na fossa, só se vê meio corpo. Fumam, observam, descansam. E trabalham, claro.

Falar / Escrever

Não falamos do mesmo modo que escrevemos. Na fala há uma rapidez, um fluir que não há na escrita. Na escrita podemos reparar danos, melhorar, intensificar. Na fala, não. Se bem que o que escrevemos perdura no tempo, tem uma longevidade imensa, o que dizemos esfuma-se rapidamente.
Admiro o livro que ando a ler por o relato dos convidados ter sido transcrito para o papel na sua forma 'falada', tal como lhes saiu vocalmente, pelo que me é dado a ver é nisso que creio.

Descobri mais um trecho do livro que me agradou.

«Dedica-se a fazer (a realizar, a produzir, a promover) aquele que considero ser o mais nobre género cinematográfico, que é aquele que documenta a vida verdadeira das pessoas reais – simultaneamente feia que não se pode e linda de morrer. Que importa a ficção, será a realidade será sempre mais além, infinitamente mais rica de tudo: complexidade, estapafurdice, mistério, poesia, horror?»

In 'Infância, de quando eles eram pequeninos', Sarah Adamopoulos, em referência ao documentarista Serge Tréfaut

A resposta

Uma cliente, feia de dar dó, exclama 'deus me livre!' ao depois de eu lhe fazer saber o preço exorbitante dum artigo de primeira necessidade, isto para quem achar que entrar em casa é um bem primário, claro, e sai porta fora toda enxofrada com esta que escreve. Deixei-a ir embora e dei largas à minha ironia da treta:
– Deus livrá-la-á, minha querida, mas só depois da plástica, que antes não aguenta vê-la à frente!

Se me perguntarem se falo sozinha, acho que agora já posso dizer que sim.

Enquanto se comem maminhas de queque...

Olá, eu sou o senhor doutor. Tenho um fato e uma gravata que me compõem a postura distante. Olho de soslaio para a mulher que está a escrever, pensava que era uma gaja boa mas afinal, não.

Olá, eu sou o homem pequenino. Bebo leitinho com chocolate como se não houvesse vida para além do copo e da garrafinha.

Grande novidade

«O cão da minha neta esmordicou o pufe e começaram a sair bolinhas. Eram bolinhas por tudo quanto era lado!»

Esmordicar = Esmordaçar; abocanhar, morder repetidas vezes.

Fonte: Priberam.pt

Parafusos

Fui comprar miolo de noz à loja do senhor Adeodato. Estava lá um senhor fazendo uma espécie de visita, às vezes há pessoas que curtem estar nos espaços comerciais, em particular aqueles que nada têm para fazer, como é o caso deste andante. Conhecemo-nos mutuamente de sobeja. Ao depois do meu singelo pedido, o homem diz, um pouco como que a fazer-se de engraçado:
– Ó Adeodato, aqui não vendes parafusos, pois não?
Respondo sem pensar que a pergunta não é para mim:
– Não. Mas miolo de nozes vende!

Eu vendo parafusos, é o que é.
Há pessoas que se julgam engraçadas, é o que é.

Post Scriptum


 Gracioso recado deixado aos leitores que esbarrem neste post, pois o mesmo deixou de existir na sua forma original.


Caro leitor, simples curioso, viajante casual: daqui te saúdo.

Este post já não é o que era, não. Se chegaste aqui vindo do blogue 'Fábrica de Letras' porque gostaste do título da minha participação sobre o tema 'Metamorfose', tenho a dizer-te que escolheste a altura errada, esse texto agora figura num livro de pequenos contos intitulado 'Corda Bamba', editado pela Pastelaria Studios Editora. Podes comprá-lo, se quiseres. Caso queiras, deixa mensagem. Desculpa lá qualquer coisinha mas obrigadinha na mesma.

Nota: post acerca d' A minha historinha