sábado, 31 de outubro de 2009

Lisboa, 12 de Maio de 2009




Jantar II


O jantar está a corar no forno - Delícias do Mar com Puré de Batata e Molho Branco - e eu estou aqui a gastar tempo. Tempo bem empregue - estou a recordar o meu blogue na Radio Comercial.
Verifico que em alguns posts ainda sinto o que escrevi. Gosto disso.

Jantar




- Fazes alguma ideia do que vai ser o nosso jantar hoje?

- Não...

- Hum, ok. Era só para saber se estavas tão perdido como eu.


Ena!




Hoje pode ser-se bruxa que até é giro!



sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Saída


Ainda bem que saí.
Onde é que fui?...
Ao Continente.
Eu, que compro tudo aos bocadinhos, vou muitas vezes ao Continente - é o que se tem notado neste blogue, creio.


  • Havia lá uma feira do livro, dessas que agora se vê muito por aí, com livros baratos, daqueles que pouca gente lhe pega - por ser de reles qualidade, por serem sobras de colecções, talvez seja, vá. Comprei um: 'A vida sexual da minha tia' de Mavis Cheek. A bem dizer, vi-me dividida entre este e um outro de que apenas recordo o título:'A vida sexual das palavras'. Vida sexual por vida sexual, sexo por sexo, decidi-me pelo da minha tia, pois iria conter palavras na mesma...

  • Ir ao Continente tem a sua piada, tanto pode parecer que estou numa reunião de pais da escola dos ricos filhos por ver caras que conheço de lá, como pode parecer que estou atrás do meu balcão.
    Acenaram-me lá do fundo do corredor. Era a senhora doutora advogada que, ao que parece, também mora nestas bandas saloias e em seu jeito simpático e extrovertido diz: «Vou aproveitar para lhe fazer uma pergunta!»
    E eu a achar aquilo o máximo para temática em post...
    «Então agora que tenho o chão encerado...»
    Sim, a senhora doutora andou de cu espetado a encerar o chão do escriotório...
    «... quando é que tenho que pôr cera novamente?!»
    Sim, eu ensinei a senhora doutora a tratar do chão...
    «E para lavar, há alguma coisa própria?!»
    Sim, temos um produto próprio para lavar o chão encerado.
    «Então e agora quando é que encero outra vez?!»
    Daqui a dois ou três meses.
    Sim, eu estou de férias. Dá para notar. E ela ria-se. E eu... eu também. E pensava na temática deste post.
  • Na bicha para pagar dois senhores atrás de mim falavam em ataques cardíacos e gripe A.
  • Comprei pizzas, chocolates e puré de batata. Acho que não esqueci nada. Se esqueci já lá não vou hoje.

Mais, ainda?! Ainda mais?!




Este blogue tem potes de interesse, ok? Tem interesse numa medida calcada, recalcada, sacudida e transbordante.

Altar


Agora também tenho um gatinho que guarda anéis, uma foto das gente os quatro e duas caixinhas-coração para guardar coisas. Podem ser beijinhos e abraços...


Teste


Fiz um teste de stress. O resultado:

«Você está a experimentar um desgaste tal, que é obrigatório fazer alguma coisa em relação a isso.»

Que maravilha... Vou ali fazer a coisa e já venho.



    Drama


    Não gosto de aparecer.
    Gosto de parecer.

    Apareço onde não quero.
    Não pareço aquilo que sou.
    Sou aquilo que não pareço.


Primórdio


Descobri que na Internet posso visitar blogues. É muito giro, é uma página na Internet que alguém faz e depois se pode visitar e comentar. O que eu acho mais engraçado é o facto de comentário gerar comentário e por aí fora. É muito bom para passar o tempo.

(Loures, 1 de Outubro de 2005...)

Brincar


Brincar com as palavras.
Será que devo brincar com as palavras?
Elas são tão importantes para mim que tenho medo que não me levem a sério por estar a brincar com elas.

Adenda




Não tenho amigas...

Correio


Recebi uma carta dizendo: «Os clientes Vodafone são os mais satisfeitos de todo o sector das telecomunicações»

Estou tão feliz que vou já a correr contar às minha amigas todas, todas, todas!

Trabalhar


«Escolhe um trabalho de que gostes e não terás que trabalhar um único dia na tua vida.»

Diz Confúnico.

«Live every day as a friday.»

Diz à porta de uma loja de nome... Friday.

E eu penso:

    O Confúncio não sabia que não existe um trabalho de que se goste, porque quando se gosta de um trabalho, tal... deixa do o ser!

    À Sexta-feira não custa tanto trabalhar. E... trabalhar-se-ia muito menos se só se trabalhasse às Sextas.



Repetição


Almocei sozinha no meio das gentes. Nada de novo mas não o de sempre. Já conheço isto bem: é diferente, é igual e é já largamente (re)conhecido.

Ponto de exclamação




Muito choro eu a ver os 'Ídolos'!

Muita vergonha e um muro muito alto




Em Santo António dos Cavaleiros há o muro da vergonha. Mais acima percebe-se o motivo da vergonha, em letras não tão evidentes como estas, alguém escreveu: «Não ao betão!»
Alguém lhe chamou muro da vergonha porque não quer betão. Observando o sítio atentamente conclui-se que o muro é alto, se calhar atrapalha a comunicação ou a visibilidade… Será?


Fotografia: Santo António dos Cavaleiros - Avenida Marquês de Marialva, em 15 de Outubro de 2009

Flores do Outono IV


Flores - também e ainda - do Outono...




Fotografias: Frielas, em 29 de Outubro de 2009

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Deambule


Fui ao Loureshopping. Entrei na Bertrand e por curiosidade folheei os livros de que tanto se fala ao momento: Caim de José Saramago e Que Cavalos São Aqueles Que Fazem Sombra No Mar? de António Lobo Antunes, autores dos quais nunca li obra nenhuma.
O primeiro não me atraiu. É muito condensado, só de olhar as páginas cheias, sem parágrafos, falta-me o ar. O segundo atraiu. Não muito mas atraiu. Numa das páginas em que abri reparei em algo assim: «(...) tão triste como uma casa às três da tarde(...)» Achei curiosa a comparação, imaginei a minha casa às três da tarde - é triste efectivamente, a essa hora não há vida aqui.
Ao fazer uma pequena pesquisa acerca de Lobo Antunes, encontrei o seguinte:

«Os leitores são umas putas, amam-nos e depois deixam-nos.» diz ele.

Pois são... Ainda bem que deste palco não se vê a plateia... digo eu.


Acreditar-me-ão se eu disser que isto que se vê aqui é uma cidade?!





Não, ?!

Fotografia: Loures, na outra margem da Rua João Fandango, em 25 de Outubro de 2009.
Outra margem porque onde me encontrava e entre mim e as ovelhas há um riacho de que não sei o nome e agora dava jeito saber para o post ficar mais composto...



Reticências


A mulher é Testemunha de Jeová e hoje tinha uma t shirt a dizer, a dizer não, a berrar: HOT!
Aquilo não fica bem a uma alma seguidora de credos religiosos, ou outros paradigmas envoltos em desígnios espirituais...

Ponto(s) fina(is)l


Ponto final primeiro:

O Facebook e mais o Twitter, os meus, continuam intocados. Por mim e por outros.

Ponto final segundo:

Aqui, no blogue, ninguém me desejou: «Tem umas boas férias, diverte-te, pá!».

A Riqueza dos Maiores de 50 anos*



Hum... Este tipo de riqueza começa um bocado mais cedo; para aí aos 41 anos, 3 meses, 18 dias, 4 horas, 25 minutos e uns quantos segundos impossíveis de contar pelo rápidos que eles são...)

São elas, as riquezas:








    Prata nos cabelos.

    Ouro nos dentes.

    Pedras nos rins.

    Açúcar no sangue.

    Chumbo nos pés.

    Ferro nas articulações.

    E uma fonte inesgotável de gás natural...



Nunca se pensou que a partir dos 50, se pudesse ter uma riqueza tão grande!


* O título, a parte deste post apresentada a verde e a imagem, foram recebidos via email.

Adenda ao post que este precede


Estou a esforçar-me em grande para fazer destas férias uma 'coisa' minimamente aceitável em matéria de descanso, estou a tentar esvaziar a cabeça mas está a ser muito difícil.
Quando no post precedente escrevi:«Foi giro.» não estava a ser sincera, o passeio não foi giro. O passeio foi um passeio forçado em que tirei fotografias, o que me deu algum (embora pouco) prazer, e que deu azo à feitura de dois posts. Não passou daí.

Blue


Noutro dia vi os Blue num canal de TV daqueles que dá música. Pensei:«Ena pá! Há que tempos não ouço os Blue!»Fui buscar o CD e levei-o para o carro.
As músicas dos Blue são suaves e agradáveis e também comerciais. Mas eu, que já não tenho idade para me preocupar com parvoerias como a vergonha de ouvir comecialices e lamechices, passeei por essa saloiada fora ao som de músicas como esta:




Ou esta:





Ou ainda esta:






Fui e vim. Foi giro.

Querendo ver e ouvir os Blue, é favor clicar nos excertos das letras apresentadas em itálico.


Frielas


Já cá cheguei. O passeio fez-se a Frielas. Bonito...
Decidi publicar apenas as fotografias mais carismáticas e peculiares. Como não tenho que fazer... ... é mentira, eu devia era estar a limpar o pó e a dar uma volta ali à minha cristaleira que já não tem ponta por onde se lhe pegue... Mas dizia eu, ou por outra: mentia eu, como não tenho que fazer, comentarei as fotografias. O comentário, ou o que pretende ser um comentário, está abaixo de cada uma.



Relógio de sol ou de parede?


Eu acho que isto é aquilo a que se pode chamar um chapéu de chuva, de sol, de consoante as intempéries.


Um chafariz antiquíssimo, onde se pode ler clicando na fotografia: Água imprópria para consumo humano.


Esta é a Azinhaga da Alfarrobeira que acede a um parque infantil lá muito ao cimo. Em primeiro plano surge a insígnia de Frielas, revelando o lado piscatório e agrícola da vila. Hoje em dia o lado piscatório não existe. Evolução, poluição, talvez...


Este amiguinho seguiu todos os meus passos enquanto me movia de um lado para o outro a fotografar. Fez-me companhia. Ele, a lagartixa, a borboleta, as formigas... Nem sei porque me sinto tão sozinha.



Hoje já despejei o lixo, já fui ao Continente, já despejei o lixo, já fui à mercearia. Levei sempre a máquina fotográfica comigo.
Pareço-me com um espírito vagueando em busca de imagens que nunca conseguirei captar.

Vou ali ver mais umas coisas giras.

Já cá venho.

Esta aqui


Esta aqui sou eu. De rama de cenouras na mão. Descobri o Ti Manel saloio ali na Carrasqueira e agora, que é o mesmo que dizer: quando me apetece, vou lá comprar produtos biológicos. Aqueles sim, são biológicos: as cenouras tem a mão do Ti Manel, as alfaces foram apanhadas nessa manhã com a mão do mesmo. Tudo assim. Muita conversa, algum espanto em me avistar, muito elogio à minha viatura, muito disto e muito daquilo.
Muito bio. Dois bios - lógico e degradável. O segundo bio, se o não fosse... mal era!
Já só me falta lá ir numa viatura biodiesel, para ouvir mais elogios do Ti Manel saloio. Biodiesel como os autocarros da Carris. Pois.


Esta aqui também sou eu. Estou praticamente irreconhecível. Eu que me conheço bem, sei que sou eu. Isto que seguro com ambas as mãos é uma bolacha de milho. É assim uma espécie de pipocas mas sem o açúcar, sem o sal e até sem a forma de pipoca. Tirando o milho não há mais nenhuma semelhança...
É suposto aquilo saciar a fome com convicção. Deve ser por isso que nunca ouvi nenhuma galinha a queixar-se de fome, elas só comem milho. E aquilo sacia. Interessante... sacia. Sacia pelo tempo que leva a comer porque ao depois de ingerida toda a bolacha pensa-se que se ingeriu porque na verdade um quarto da bolacha ficou colada aos dentes e o tempo que leva a ter os dentes livres daquele sarro, meus amigos!... Não se volta a ter fome tão cedo, não.

Melhor


Antes tínhamos os 'Monólogos da vagina'. Agora temos os 'Rapazes nus a cantar'.

Apenas a ideia desta mui simples diferença me faz pensar que a coisa melhorou. Considerável e indubitavelmente.

Cafezinho




Está bem. Então vou beber o cafezinho a ver se desperto para alguma coisa e se facilito o desenvolvimento do quer que seja.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Fui ao Continente (outra vez, sim)


Parece que a minha vida hoje se resume a idas ao Continente. Bem, essa é uma verdade em cheio, só é pena ter faltado a observação da menina da caixa dizendo, depois de passado o meu cartão cliente e de se ouvir o pip!: «Ena! É a segunda vez que vem cá hoje! Aqui diz que este cartão passou hoje às dez e vinte e três da manhã!» Para que eu pudesse responder-lhe: «Sim, e veja lá que estacionei exactamente no mesmo lugar do parque, só que agora em vez de serem nove e cinquenta e quatro eram quinze e quarenta e um!» Ia ser tão giro...

Mas não, a minha vida hoje não vai resumir-se apenas a idas ao Continente.

Vi uma senhora lilás - t-shirt lilás, calças lilás, sandálias lilás, brincos/pulseira/colar lilás, maquilhagem lilás... Esta senhora não saberá que existe diversidade? Conjugação? Não, parece que não.

Vou marimbar-me para o anonimato e mais essas parvoíces: vi o Jaime da farmácia e mais a mulher dele que é coxa. Quem tenha crescido no Pinheiro de Loures e tenha até trinta e cinco anos sabe bem de quem é que eu estou a falar. O Jaime da farmácia (cá estou eu outra vez a desafiar o perigo, pensando na eventual casualidade de o Jaime da farmácia encontrar este meu blogue e vir aqui ralhar comigo) dava picas, era enfermeiro para além de farmacêutico, acho eu. O Jaime da farmácia (ui... outra vez...) era gozão p'ra caraças, tinha sempre gracinhas para dizer quando eu lá ia mandada pela minha mãe comprar as aspirinas porque lhe doía a cabeça, ou as pernas, ou outra coisa qualquer. O Jaime da farmácia (ai ai ai) pesava-me naquela balança manual ou que era aquilo. O meu ódio às balanças já vem daí.

O espaço de restauração está agora dividido por uma espécie de biombos, isolando as pessoas. Isto torna o espaço mais íntimo e acolhedor, porém, a mim não me agrada. Quando chegar a ocasião de o usar como é que eu observo as pessoas?! Fico enclausurada, até me deve ser difícil respirar ali metida.

Fui ao Continente


Quando entrei no elevador e me mirei no espelho verifiquei que não me penteara. Oh, quem manda a mim morar num prédio cujo elevador tem espelho e boa iluminação?!
Despejei o lixo.
Dirigi-me à viatura. Entrei, desengatei a mudança, rodei a chave, fechei a porta, tirei o coisinho dos cheiros do ventilador que me faz doer a cabeça, puxei o banco à frente, ajeitei o espelho retrovisor interior.
O meu carro tem dois condutores. O Luís é mais alto que eu, não lhe dói a cabeça com o coisinho dos cheiros e deixa sempre o carro engatado.
Daqui a pouco vou sair novamente. Não vou precisar ajeitar o espelho nem desengatar mudança nenhuma...

Ah!... Fui ao Continente!

Outono


Nesta altura há pessoas de sandálias, de sobretudo, de cachecol, de t shirt de cavas, de botas, de boné e de chapéu de chuva. É gira, esta altura.

Eu sou daquelas que andam com que está escrito a verde...


Tenho


Tenho uma vizinha que andou dois dias de capot levantado, mudava ou montava algo no carro, aparentemente.
Tenho uma vizinha que é ama. Há dias esperei pacientemente que cinco meninos de dois anos dessem todos as maozinhas para passarem na passadeira em segurança.
Tenho uma vizinha que é ama (esta é outra). À hora de almoço berra que nem uma desalmada com a pobres criaturinhas.
Tenho um vizinho que sai apressadamente às nove e picos levando a tiracolo uma mala de PC portátil. É que eu só vejo a mala...
Tenho uma vizinha que adora olhar para mim enquanto me movo na minha cozinha. Eu tenho uma cozinha tão linda...!
Tenho uma vizinha que passeia o cão.
Tenho um vizinho, e este é polícia, que também passeia o cão. Sempre que estaciono ao pé do homem só faço asneira. Deve ser a autoridade que ele emana, mesmo à paisana aquilo trespassa-me. Ai que medo!

E de resto não tenho mais nada. Até parece que estou aqui sozinha.

Arrumos


Ando aqui a arrumar o armário da casa-de-banho. Tinha lá um frasco de tintura de iodo que terminou o prazo de validade em não sei quê de noventa e sete, um poduto qualquer para bochechar que acabou a existência de vida válida em (outro) não sei quê de dois mil e oito e, por último, um spray calmante para queimaduras que em Dezembro próximo fará dez anos que terminou o prazo. Não sabendo se dá para perceber bem a coisa, o melhor será acentuar: aquilo terminou em... 1999!
Este último não deitei fora... Agora é que os ricos filhos mexem no fogão!

Despertar


O Madrigal, cujo blogue muito admiro, escreveu neste post uma frase que me despertou em muito:


«Nenhum escritor que se preze resiste a falar de si; ainda que ficcionalmente.»



É por causa disto que tenho medo de escrever um livro inventado. Iria (ou irei) inevitavelmente fantasiar o que gostava de viver. Isso, para mim, acaba por ser muito mais revelador do que este tom com que escrevo.

Dia Mundial da Terceira Idade


Em 2046 espero não fazer parte deste quinto de tristeza, já que vou fazer parte da população idosa...




Post Scriptum

As minhas digitalizações ficam sempre assim... como dizer... oblíquas, ou então talvez personalizadas.


terça-feira, 27 de outubro de 2009

Post passeante DOIS em UM e, também:
Um dia a casa vem abaixo IV

´
UM

De manhã o passeio fez-se ao novo jardim de Loures. Aquela área andou em obras e já se apresenta pronta.
Agora o sítio é muito mais espaçoso mas menos verde. Por, e apesar ,dessas diferenças, ficou muito melhor. Não tem tantas florzinhas nem plantinhas e já nem os patinhos e os passarinhos lá estão para serem admirados mas tem outras coisas que as fotografias abaixo bem demosntram.
Há algum tempo que queria fotografar o novo jardim e... foi hoje!
Querendo, podem ver-se as diferenças
nesta hiperligação.








DOIS

Espera aí... Isto é Loures?!

É, sim. É a cidade de Loures que eu conheci. Quando eu comecei a 'andar' Loures era assim.
É bom que aindam hajam resquícios de um passado. Embora eu seja de opinião de que não se deve ficar preso ao passado, de um certo modo ver a minha cidade ainda com estes olhos, contribui para que me identifique.
Devido à idade que as imagens apresentam, achei por bem incluir este post na etiqueta 'Um dia a casa vem abaixo', porque as coisas por aqui andam muito evolutivas...










Passado


Houve tempo em que era mais feliz. Recordo passagens da minha vida e concluo que era mais feliz à época.
Engano. Puro engano. Isso é sinal que recordo apenas as coisas boas; que são apenas os bons momentos aqueles que ficam retidos na memória e que os maus momentos estão no esquecimento. Se da parte má só me dói o presente, só posso concluir que sou muito feliz.

É Terça-feira


É Terça-feira; fui à feira da Terça. Andei por ali curvando e observando a venda. O ponto alto do deambule teria sido alguma peça comprada se alguma peça eu tivesse comprado. Isto não tendo acontecido, o ponto mais ou menos alto foi ter reparado na marca de uns boxers que vi numa banca: Caralino Underwear. Não creio, pela perversidade da minha cabeça, que este nome tenha sido criado a pensar no 'Carolino' (com arroz ou sem arroz). Eu não creio, eu creio, pela perversidade da minha cabeça, que este nome foi criado a partir (digamos assim: a partir) de uma outra coisa... Eh pá, é que está lá tão próximo...!
Depois, ao passar na papelaria por modo a saber se o livro da rica filha já lá estaria finalmente, o ponto mais alto do deambule foi quando contei à
menina Carlota o ponto mais ou menos alto mas ela não me quis perceber, é que a cabeça dela não possui perversidade, ao que parece...

8


Diz ele, o meu merceeiro, que para o ano, ou lá que é, o calor vai subir oito vezes. Quis corrigi-lo, indagando se ele quereria dizer 'oito graus' e tal... mas fiquei embaraçada e já não consegui...

Ponto final


Não me perguntam p'las forças porque (ainda) não tenho idade para isso.

Aproximação


Ele aproxima-se apoiado no chapéu. Há chapéus que não sabem ao que vêm, pobrezitos...

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Volta(s)


Fui e vim três vezes. Não foi muito diferente do costume das semanas de férias anteriores. Talvez por isso sobre pouco para contar. Talvez por isso, ou então talvez pela solidão deste blogue. As histórias de nada servem se não existir ninguém do outro lado. Não dá prazer contar coisas a mim. Hoje não.

Saída


São nove e não sei quê. Vou ali ou lá que é. Só depois virei para cá. Parece-me que é isto...

domingo, 25 de outubro de 2009

Distúrbio


A hora mudou...
Acordei às seis e vinte e três da matina - tinha-me esquecido de desligar o despertador. Logo a seguir a rica filha chamou o pai mas fui eu quem respondeu:
- Diz!
- 'Tou mal disposta... - diz ela do quarto, a voz arrastada. Ele levantou-se, eu não. A miúda vomitou, coitadinha... O pai apoiou a menina, é que se vai lá a mãe vomitam as duas. A coisa acalmou. Mal era se assim não fosse. Não consegui dormir mais e levantei-me.


Posfácio

O meu despertador costuma despertar às sete e vinte e três. Tendo mudado a hora e não se acertando o relógio foi o mesmo que acordar uma hora antes.
O meu despertador costuma despertar às sete e vinte e três. Não obstante, faço ronha cerca de um quarto de hora antes de me levantar. Vinte, quinze para as oito é a hora a que me levanto, de semana, bem entendido.
O meu despertador acordou-me às seis e vinte e três de um Domingo em que é suposto a malta ser agraciada por causa das decisões de uns gajos quaiquer que mandam nestas coisas de horas de sol e de lua e isso, em que é suposto a malta dormir mais uma hora. E eu... o leitorado já percebeu, ?

Pós posfácio:

Mas... viva o Natal e a neve na Sera da Estrela. O Saramago, até, e a canção do Pingo Doce. Viva os horários e mais os gajos que mandam nessas coisas. Vivam, já agora, as minhas duas últimas seguidoras. É que eu não sei quem são, mas elas também não devem saber que este blogue existe... Eu não sei... mas dá-me a ideia que vêm só dizer: «porque sim!»

O pós do pós posfácio:

A miúda está bem, obrigada.

Inscrições


Inscrevi-me no Facebook e no Twitter. Não percebo nada daquilo. Não que o mal esteja no não perceber, não. O mal está na ausência de paciência para perceber.
Mas... se alguém aqui cair, por acaso ou então não, e quiser dar uma saltada ao meu Cara de Livro e/ou ao Passarinhando, é questão de ir ali ao perfil, procurar o meu email e mandar-me dizer que quer...

(Aguardando... mas sem ânsia.)

Entradas...










Fotografias: Caneças, em 25 de Outubro de 2009

Abri a porta*


Ontem à noite, por volta das onze, abri a porta do meu local de trabalho...
Não, não foi para trabalhar que lá fui...
Fui buscar uma coisa que me esqueceu...
Hum... dá para acreditar? Não, ?
Ai esta(s) minha(s) invulgaridade(s)...

*E fechei.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Alegria! Alegria!


Estou...



...de



... férias!


Viva o descanso. Durante uma semana e picos vou descansar. Acho eu.
Tenho como planos principais fumar umas ganzas e assaltar um banco. Não convido ninguém a vir comigo porque estou habituada a desenrascar-me sozinha.


Ora bolas...


Há bolas azuis penduradas nas árvores da Praça de Londres. Uma bola aqui, outra ali. Umas mais abaixo, outras mais acima. Fica giro. Não que viva o Natal, não. Vive, isso sim, a época natalícia.

À posteriori pode ser aliciante


Recebi um cartão publicitário de um «grande mestre» e «ilustre espiritualista e cientista». Atentei no seguinte: «dá facilidades de pagamento» e... tcha ran!... há possibilidade de efectuar o «pagamento só após os resultados».

Ele há coisas fantásticas.

Guerra


«Vai haver uma guerra mas não é de país com país, é dos cidadães com quem manda!»

Hum... Oxalá não seja para já. É que não me apetecia nada.

'Tá escuro


Descobri que os pretos ficam mais claros na fotocópia. Apareceu-me um par deles para tirar fotocópias a vários documentos e alguns desses documentos tinham fotografia. Esqueci-me de pôr a máquina na opção especial para as fotografias e quando fui a ver o resultado, o que vi foi uma cara preta clara. Não sei como explicar isto melhor, o que eu sei é que os pretos ficaram preto claro, cinzento, vá.
Devia haver na Internet um fórum qualquer para discutir estas coisas tão especiais de que sou protagonista.

Área de cosmética


Há cosméticos que contém extracto de caracol, outros leite de burra. Vi-os eu numa montra. Deve haver aí alguma substância benéfica para a pele.
Sejamos expoentes da beleza, pois. Conquanto a gente não fique a largar lastro como o caracol e a zurrar como a burra...

Reticências


Agora o senhor Blogspot a seguir ao clique da publicação diz à gente para ver a mensagem... Não lhe acho piadinha nenhuma. Era muito melhor quando ele gentilmente me convidava a ver todo o blogue. Isso sim. Agora a mensagem…

Senhor Blogspot, o criador gosta de admirar a sua obra num todo, ok?

Post 2000


Era uma vez o post 2000.
Podia não dar importância a um número mas dou.
Dificilmente deixaria de lado o facto de ter levado dois anos e meio a escrever 1000 posts e apenas oito meses a escrever outros 1000.
Dificilmente esqueço que criei uma milena de acontecimentos, pensamentos, imagens e outras coisas que às vezes nada mais parecem que meras parvoíces.
Já houve tempo em que achava serem apenas parvoíces o que me saía p'los dedos e estranhava e envergonhava-me de ser lida.
Não obstante o facto de continuar com poucos leitores e de ainda me assolar alguma vergonha, há algum tempo aboli, ou se calhar apenas atenuei, a ideia das 'meras parvoíces'. Hoje sei que um blogue essencialmente intimista como o meu, logo à partida implica conter um certo número de parvoíces. Se assim não for, isto não é um blogue, é outra coisa qualquer...

Os três


Era uma vez três velhinhos.
Era uma vez um recinto público desses onde as pessoas se encontram.
Era uma vez uma casualidade da vida.
Um velhinho tinha ido fazer analzes e sabia, porque o médico o tinha informado, que uma das coisas não estava bem e a ele parecia-lhe que o médico tinha dito que era o potássio.
Outro velhinho irritava-se com o velhinho acima por ele não saber dizer nada de conclusivo e cuscava-lhe os papéis conferindo os valores referência por modo a achar o que estaria mal na saúde deste.
O outro velhinho, o último velhinho, por assim dizer, extraía dali algum divertimento, aconselhando o primeiro velhinho a comer potassa(?) para repor os valores, que se ele quisesse tinha-a ali guardada e até lha podia vender.

Daqui a trinta anos quero ver se, quando muito, me assemelho ao último velhinho, por assim dizer.


quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Reticências


Ah! Eu tenho um blogue...

Amanhã chove. Dizem. Eu acredito. Devia escrever um poema... A poesia parece-me mais libertadora e menos limitadora...

Reticências


No restaurante:

- A sopa é de quê?
- É sopa de hortaliça.

OK... desusual a hortaliça na sopa, não?


Dieta

- Então que é que temos hoje?
- Há bacalhau com grão, cabidela, bifes, costeletas, iscas...
- Não! De dieta, é que eu 'tou a fazer dieta.
- Tenho ali pescada para cozer...
- ...
- ... posso grelhar os bifes, se quiser...
- Ná! Venha lá a cabidela e um jarrinho de tinto.

Hum... está muito bem!

Post arrancado cá do fundo


Ontem esgotei-me em palavras com tanto post. A juntar a isto a chuva foi embora e levou com ela aquela coisa qualquer, aquela coisa referida no post anterior, que me dá na tola e me faz escrever.
Em vez de aproveitar a embalagem com tanta palavra escrita ontem, hoje não me apeteceu escrever por aí além. Mas... lá se arranjou qualquer coisinha.
E agora o melhor é ficar por aqui para não tirar valor ao título deste post.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Chegou


Chegou o tempo em que tenho que fugir dos chapéus em riste. É inacreditável a maneira como algumas pessoas passeiam os chapéus independentemente de estar, ou não, a chover...

Chegou o tempo de tapar as mamas... Não, não são (só!) as minhas... É que noutro dia vi e ouvi a incredulidade dum velhinho perante uma visão de grande magnificência e porte. O homem lamuriava-se de ver um par de mamas tapado apenas pela metade e de «Nunca mais chega o frio, pá!» Enfim...

Chegou o tempo, aquele tempo húmido e pegajoso. Esse mesmo! Aquele tempo enervante! O tempo maravilhoso que propicia a escrita. Falo por mim, claro. A esta blogger metem-se-lhe umas coisas quaisquer estranhas na tola quando olha aquém do balcão para além do mesmo, e chove...

Chegou o tempo de escrever. Pela quantidade de posts publicados hoje está a ver-se que sim, chegou o tempo de escrever...

Oh pobreza!


Costumo esperar (e há dias em que espero ansiosamente) que um certo fornecedor faça as suas entregas num daqueles sacos mesmo fixes para pôr o meu lixo. É que assim sempre poupo o volume de despesas ao patrão.

Há que poupar.
Sou pobre.
E o progresso do país.
Olha a reciclagem.

Barrar


Eu devia barrar a entrada a pessoas com Índice de Massa Corporal superior a 30. A entrada é tão estreita que se eu não tomar esta medida há chinelos de todas as cores e feitios, carvão e baldes em diversos tamanhos pelo chão afora. Na certa!

Olhe, desculpe, o senhor é muito gordo, não pode entrar aqui.

Minha senhora, não vê que não vai conseguir entrar sem me espalhar tudo?!

Sô João, o senhor já devia saber que esta loja só admite pessoas elegantes...

A dona Alda anda a descurar a dieta... Em tempos coube aqui mas hoje...

Hoje


* Hoje foi um dia espectacular! Vendi o primeiro saco de água quente da estação. É que, dizem, está frio. Por causa da venda vivi momentos de grande júbilo!

* Estou mais informada - uma senhora disse-me que tem que ter muito cuidado com os pés (dela, bem entendido) porque tem diabetes. Por causa da informação inchei toda eu, de sabedoria, claro! Momentos de glória...

* E de repente, ou por modo a chamar alguma vulgaridade a este dia, só se ouve falar do Saramago e do nevão na Serra da Estrela. Tudo isto sempre com o som de fundo da «maravilhosa canção de tímpanos furar» pertencente ao
Pingo Doce e apanágio de boas vendas.

Bengala


Há bengalas e bengalas. Agora vou falar de bengalas verbais. A maioria das pessoas apoia-se em palavras para pensar no que há-de dizer, para tomar balanço e dizer qualquer coisa, para preencher espaços ou pausas e parecer que está a dizer qualquer coisa.
Um dos motivos para a existência das bengalas verbais é o pessoal querer parecer inteligente e culto, ou então simplesmente querer parecer atento ao interlocutor.
Há o 'portanto', o 'é assim', o 'ora bem', o 'pois'... Deste último sou usuária frequente. Mas há uma bengala verbal que acho particularmente engraçada: o (ou a?) 'porra!'.
O (ou a?) 'porra!' tem muita, muita piada. Se a gente não souber que dizer, ora ca porra!

Ironia actual versus Família


Convivemos muito mais e melhor se estivermos fora de casa.

Enquanto apontava no meu bloquinho algo semelhante ao que escrevi no parágrafo acima, pergunta-me a rica filha:
- O que é que estás a escrever, mãe? É sobre mim?
Pensei um bocadinho e disse-lhe que sim pois não estava nada longe da verdade. Ela, com ar de quem ralha comigo, ainda pergunta:
- O que é que eu disse agora, mãe?
- Acabaste de dizer! - respondo eu, trocista.
- O que é que eu disse de interessante?!
- Acabaste agora mesmo de dizer algo interessantíssimo...
Sem o saber ela protagonizava uma cena que eu iria transformar em post assim que pudesse.
Depois, para desfazer o enigma mostrei a todos os elementos da família o meu apontamento. Concordaram com o meu escrito, a gente convive se estivermos fora de casa porque em casa cada um vai para o seu canto. Aí, em casa, o convívio fica fora de casa.

Ponto de interrogação


Como é possível que a palavra 'apoiado' esteja tão intimamente ligada à poia?!

A-poia-do...

A poia de quem?!

Reforma


O rapaz que distribui a publicidade, ao depositá-la em cima do meu balcão diz eloquentemente:
- Se a senhora for reformada...

Fiquei suspensa. Eu? Reformada? Eu tenho cara de quem já está reformada?!

... aproveite esta promoção porque aqui estão a dar 100% de desconto aos reformados! Vai lá, compra e não paga nada!

Depois de ultrapassar a tristeza por alguém me achar com ar de reformada fiquei curiosa e cusquei as brochuras. Não havia nada anunciando 100% de desconto! A eloquência do rapaz devia-se à alma de artista que certamente possui, estava decidido a divertir-se com o trabalho dele. Assim mais ou menos como eu faço...

Ponto de (des)interesse


É assim a vida:

Nasceu-se...

Morrer-se-á...

O (des)interesse são os meandros destes dois acontecimentos. Intervalo, foi o que alguém lhe chamou num desses mails que circulam infinitamente pela internet.

A senhora do restaurante
(Ainda... ainda porque esta senhora tem muito que se lhe escreva!)


- 'Tá tudo fornicado!
- O quê? - Pergunto eu, estranhando o modo erudito da expressão e esperando de antemão tudo o que (eu sei!) que poderá dali advir. E ela:
- Era para dizer outra palavra mas não disse...
Continuei à espera porque a conheço o suficiente para saber que ela não se iria ficar por ali. Para meu gáudio não demorou nada de tempo a:
- 'Tá tudo fodido! Vou passar a abrir aos Domingos. Agora ainda tenho o cabrão do Domingo para me chatear os cornos!

Eu sabia... Lá se foi a erudição...

Ena tanta foto!


Pois é. Por ora não existem muitas imagens nos meus arquivos à espera de oportunidade para serem publicadas neste espaço.
Às vezes acontece-me isto: as esperas começam a fazer-me fernicoques. E, quando os fernicoques não me deixam sossegar, publico tudo de uma vez e fico despachada.
Não obstante, não direi que isso me alivia pois receio que esta não seja a melhor opção... Mas, daqui a nada, vou-me à escrita de outro tipo de posts.

Há momentos em que ainda vejo o Rol dos esquecidos e a Multiplicidade por aí...





Domingo


No passado Domingo assisti a um jogo de futebol do rico filho no campo da terreola que me viu crescer - Pinheiro de Loures.
Há muito tempo que não entrava ali e encontrei diferenças. O campo tem agora o piso sintético, do qual o rico filho me traz amorosamente umas bolinhas pretas agarradas às botas e que deposita pela casa. Quando eu tinha a idade dele o campo era de terra batida numa cor próxima ao branco e sempre que havia jogos oficiais andava um senhor enchendo de cal os sulcos que formavam as marcações do campo.
À roda do recinto foram colocados postes com holofotes potentes. Também aí há novidade, há uns tempos atrás as luzes eram fracas e diminutas.
Como os tempos mudam!



Fui lá dentro à Sede, como chamam. Ali está tudo na mesma, as taças que o Sporting Clube Pinheiro de Loures ganhou são às dezenas (ou centenas!) e estão todas expostas nas paredes enchendo-as quase completamente, tal como me lembro, bem como o bar e os WC's, onde tudo está como estava, tal e qual. Ao contrário do item anterior, aqui o tempo parou. Assim que lá entrei recordei memórias passadas, assisti ali a muitos filmes. Lembrei-me logo daqueles filmes dos anos 70 e 80 do Bud Spencer e Terrence Hill - pancada com fartura! Eram tão engraçados, a malta ria que se fartava.



Para tirar a foto anterior, para alívio da minha consciência tinha previamente perguntado a um transeunte se ele achava que por eu tirar fotografias ali dentro alguém viria ralhar comigo. Como ele dissesse que não pois não encontrava motivo para tal, dei início ao disparo da minha máquina.
Ainda nem um minuto de disparos havia ocorrido quando vejo um senhor (que mais tarde fiquei a saber ser o presidente da associação) vindo na minha direcção. Assim que ficou suficientemente perto perguntou-me: «Está a tirar fotografias a quê?». Receosa, disse que estava a tirar fotografias porque aquele era um sítio que eu recordava da minha infância e que a minha ideia era unicamente guardar memórias. Ele levantou ambos os braços em sinal de paz (digamos assim: paz) e descansou-me com a resposta: «Pode tirar as fotografias que quiser! Eu ia sugerir-lhe que tirasse a este símbolo que é o mais antigo e que vai desaparecer em breve porque isto vai ser tudo arranjado.»
Aceitei a sugestão do senhor e agradeci. Depois também fiquei a saber que o Sporting Clube Pinheiro de Loures antigamente era o Grupo Desportivo Pinheiro de Loures, daí a sigla que aparece na fotografia seguinte, e que o presidente anda a trabalhar para que se volte a chamar assim. Parece que o Sporting já não quer saber do Pinheiro de Loures para nada...




Flores do Outono III




Fotografia: IC 17 junto ao viaduto do Aeroporto - Lisboa, em 16 de Outubro de 2009

Dizeres à porta III


Há dizeres assim:



Para que as portas não fiquem assim:



E há disto:



Para evitar isto:



Da neime


«Olha ali! Há pessoas que não sabem escrever os nomes...» disse-me ele. E eu... click!



Lisboa e as caravelas - 6


Há já tanto tempo que não editava as caravelas que, se calhar, já ninguém tem lembrança desta minha ideia.
Ora vamos lá a mais algumas caravelas e corvos de Lisboa:



Escola Primária na Rua Actor Vale
Rossio
Praça dos Restauradores (no dia em que dei este passeio)