No passado Domingo assisti a um jogo de futebol do rico filho no campo da terreola que me viu crescer - Pinheiro de Loures.
Há muito tempo que não entrava ali e encontrei diferenças. O campo tem agora o piso sintético, do qual o rico filho me traz amorosamente umas bolinhas pretas agarradas às botas e que deposita pela casa. Quando eu tinha a idade dele o campo era de terra batida numa cor próxima ao branco e sempre que havia jogos oficiais andava um senhor enchendo de cal os sulcos que formavam as marcações do campo.
À roda do recinto foram colocados postes com holofotes potentes. Também aí há novidade, há uns tempos atrás as luzes eram fracas e diminutas.
Como os tempos mudam!
Há muito tempo que não entrava ali e encontrei diferenças. O campo tem agora o piso sintético, do qual o rico filho me traz amorosamente umas bolinhas pretas agarradas às botas e que deposita pela casa. Quando eu tinha a idade dele o campo era de terra batida numa cor próxima ao branco e sempre que havia jogos oficiais andava um senhor enchendo de cal os sulcos que formavam as marcações do campo.
À roda do recinto foram colocados postes com holofotes potentes. Também aí há novidade, há uns tempos atrás as luzes eram fracas e diminutas.
Como os tempos mudam!
Fui lá dentro à Sede, como chamam. Ali está tudo na mesma, as taças que o Sporting Clube Pinheiro de Loures ganhou são às dezenas (ou centenas!) e estão todas expostas nas paredes enchendo-as quase completamente, tal como me lembro, bem como o bar e os WC's, onde tudo está como estava, tal e qual. Ao contrário do item anterior, aqui o tempo parou. Assim que lá entrei recordei memórias passadas, assisti ali a muitos filmes. Lembrei-me logo daqueles filmes dos anos 70 e 80 do Bud Spencer e Terrence Hill - pancada com fartura! Eram tão engraçados, a malta ria que se fartava.
Para tirar a foto anterior, para alívio da minha consciência tinha previamente perguntado a um transeunte se ele achava que por eu tirar fotografias ali dentro alguém viria ralhar comigo. Como ele dissesse que não pois não encontrava motivo para tal, dei início ao disparo da minha máquina.
Ainda nem um minuto de disparos havia ocorrido quando vejo um senhor (que mais tarde fiquei a saber ser o presidente da associação) vindo na minha direcção. Assim que ficou suficientemente perto perguntou-me: «Está a tirar fotografias a quê?». Receosa, disse que estava a tirar fotografias porque aquele era um sítio que eu recordava da minha infância e que a minha ideia era unicamente guardar memórias. Ele levantou ambos os braços em sinal de paz (digamos assim: paz) e descansou-me com a resposta: «Pode tirar as fotografias que quiser! Eu ia sugerir-lhe que tirasse a este símbolo que é o mais antigo e que vai desaparecer em breve porque isto vai ser tudo arranjado.»
Aceitei a sugestão do senhor e agradeci. Depois também fiquei a saber que o Sporting Clube Pinheiro de Loures antigamente era o Grupo Desportivo Pinheiro de Loures, daí a sigla que aparece na fotografia seguinte, e que o presidente anda a trabalhar para que se volte a chamar assim. Parece que o Sporting já não quer saber do Pinheiro de Loures para nada...
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