terça-feira, 30 de junho de 2009

2009


O ano está meio passado e meio por passar.

Os cravos dão as boas-vindas à metade que amanhã começa.




Fotografia: Lage, 10 de Junho de 2009

Controle


Os estímulos provocam os ímpetos. Passo a vida à procura dos estímulos e depois tenho os ímpetos para conter.

Bolas!...

A saia


- Que tal, gostas da minha saia? - Perguntei à rica filha, orgulhosa do meu trabalho.
- Não... não gosto, pareces uma sereia! - Confessa ela com uma mescla de desdém e comiseração na voz.
Ora bem, parecer uma sereia não é mau de todo. Pior seria ser uma sereia.

O tempo


Devo aproveitar o restante tempo em que ainda consigo pôr os brincos aos apalpões e sem a ajuda de um espelho. Enquanto não chega o Alzheimer ou outra demência qualquer que me faça tremer o esqueleto, vou-me aproveitando...

Primeiro contacto


Consegue-se saber tanto, mas tanto, acerca de alguém que me aparece pela primeira vez com uma porta fechada e as chaves do lado de dentro... Ui!...

Ele é bestas-incongruentes-que-me-acham-capaz-de-lhes-resolver-o-problema-com-um-estalar-de-dedos...

Ele é deixa-te-andar-na-boa-não-faz-mal-nenhum-vai-lá-assim-que-possa...

Ele é ai-meu-deus-grande-desgraça-a-minha-o-que-me-havia-de-acontecer!...

Ele é o tremeliques-e-grandes-passas-no-cigarro-desculpe-lá-'tar-a-fumar-aqui...

Ele é tou-me-nas-tintas-pra-esta-merda-o-senhorio-que-resolva...

Este último é o mais engraçado. É óbvio que o senhorio não irá resolver porra nenhuma. Quem perdeu as chaves e quem vive na casa, quem é?!

É, e sempre será assim, creio: nos momentos de tensão conhecem-se as pessoas num ápice.

MCMLXVIII


Tens 40 anos e 354 dias
Nasceste numa Quinta-feira quente de Verão
Desde que nasceste passaram 14964 dias
Desde que nasceste passaram 491 meses
Desde que nasceste passaram 2137 semanas
Farás anos dentro de 11 dias
Planeta - Lua
Cor - Branco
Pedra preciosa - Pérola

A vida passada

O diagnóstico:

Não sei se te parece bem ou não, mas tu eras uma má pessoa na tua última encarnação terrena. Nasceste em algum lugar do território que hoje é Coreia, por volta do ano 1475. A tua profissão era guerreiro, caçador, pescador ou executador de sacrifícios.

Um breve perfil psicológico:

Eras uma pessoa prática e com sentido comum, um materialista sem consciência espiritual. A tua sabedoria elementar ajudou débeis e pobres.


Lição tirada:

A lição tirada da tua vida passada deu-te para a encarnação actual o seguinte:
Deves desabrochar o teu talento para o amor, a felicidade e o entusiasmo, e deves distribuir esses sentimentos a todos os demais.


Não dou importância a este tipo de ideias. Neste caso, não dou importância quando ouço alguém dizer que a reencarnação existe. Mas recebi um email com este site, decidi dar uma espreitadela e achei particularmente engraçados o diagnóstico e a descrição do perfil psicológico (letras a vermelho para destaque). Comparei-os imediatamente à minha própria descrição no perfil deste blogue. Eu bem digo...

A grande maioria


A maioria pode ser pequena. Se a maioria for de 51% é uma maioria pequenininha. O que faz com que a minoria de 49% seja enorme; astronómica, até.

Nota: Este post não pretende lembrar as politiquices que assolam esta nação ao momento presente. É, isso sim, uma questão meramente lembrada por esta cabeça que mais não faz do que pensar.

Nota II: Acabei de escrever e de reparar que a nota de cima contém mais palavras que o post... Deve ser porque a cabeça continua a pensar.

Insólito


Trabalho numa loja. Acho que isso se percebe pelo que escrevo. Trabalho numa loja, pois. Trabalho numa loja onde um dia foi uma senhora pedir que se lhe guardasse um saco que, segundo ela, continha pertences mui importantes e estimados. Foi encarecidamente que pediu guarda àquilo pois na pensão que a albergava ao momento do pedido, segundo ela, existiam pessoas más e invejosas e qualquer dia ainda lhe roubavam as preciosidades, era esse o receio e vem daí o pedido.

Passaram meses, a senhora nunca mais se deixou ver e o saco de pertences amados foi lembrado e vasculhado por mãos alheias mas donas do espaço há tanto ocupado. Por entre sacos dentro de sacos e mais sacos, haviam resmas de recortes de jornal, carradas de amostras de produtos cosméticos e... um corno! Ah pois!... Bem embrulhadinho em guardanapos ou que raio era, lá estava o corno cinzento. Seria para dar sorte? É capaz... Tê-la-á dado? Se calhar...

Peões, mais peões


Descobri mais alguns peões. Estes estão muito bem ornamentados. Possivelmente o ornamento pertence a alguém com dotes artísticos, grande coragem e sem mais nada que fazer... fez isto:






Devo dizer que os dotes artísticos e a coragem do fazedor são por mim muito apreciados. Tanto são que merecem ocupar espaço neste blogue.
Todas as fotos foram captadas na Rua dos Douradores, em Lisboa. Quem quiser vê-los ao vivo é questão de se deslocar até lá.

Come(ê)ço


No banco público que hoje escolhi para me sentar estavam uns bichinhos inoportunos, rastejantes e verdes. Pareciam aranhas mas em verde. Não tive sossego, coçando e batendo em mim mesma a cada investida verde. Não consegui ler / escrever / observar / descansar nadinha...


Come(é)ço bem.

Confissão


Sempre que confesso não ter vontade de escrever ou de mostrar o que escrevi, não demoro a ser invadida por ela, a vontade, e é quase sempre em catadupa que me chega o 'como escrever e o que escrever'. A companhia chegou. Que bom.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Não escrever






Não é por me faltar qualquer coisa ou porque tenha qualquer coisa a mais. É porque estou dormente, não sinto. Se por desligamento consentido se por apatia procurada, não sei. Estranho este sentimento. Ele desorienta-me. E assim me sinto terrivelmente só, quando não tenho nem a mim como companhia.

Fotografia: Granja da Ramada, 10 de Junho de 2009


Lamentos





Lamento a partida do prazer. Lamento este não que sinto. Podia tentar virar o sentimento ao contrário e procurar o sim. Só não sei por onde ou como começar. É como procurar algo que sei não estar perdido em lado nenhum.

Fotografia: Loures, 24 de Maio de 2009


domingo, 28 de junho de 2009

Nada



Não há nada que eu consiga transformar em muito. É isso.

E isto, é uma achega ao post anterior.


Sem ofensa


É sempre com este pensamento que escrevo. Não pretendo ofender. Quando muito... desejo provocar um abanão. Quando assim é, parece-me que lanço um vendaval quando afinal apenas sopro uma ligeira brisa.



Fotografia: Rua Soeiro Pereira Gomes - Póvoa de Santo Adrião



Domingo


Rente ao enfado. Passei algum do tempo deste Domingo organizando o meu computador em matéria de fotografias. Aproveitei para fazer uma 'coisa' gira para pôr à minha cabeceira. Depois refastelei-me, admirando a minha obra... Foi aí que me deu vontade te registar o momento.




Multiplicidade - 16


Tinha já umas certas saudades disto, de publicar fotografias. São todas imagens captadas no Parque da Cidade em Loures no passado dia 6 de Junho. A autoria é minha, isto para não variar do costume.

Saudades mortas, aí vão as fotografias em multiplicidade...








Até parece!



Até parece que estamos em Novembro!...




Bolo de Fubá
(do meu merceeiro)


Pois é verdade! Um dia, o senhor Francisco tinha na mercearia um bolo que me deu a provar. Era muito bom. Disse-me que foi a senhora dele quem tinha feito e prometeu-me que traria a receita para eu fazer em casa.
Então cá está ele!



E agora a receita, um tanto ou quanto resumida...:


três ovos

uma colher de sopa de manteiga

meia chávena de chá de óleo

três chávenas de chá de leite

três chávenas de chá de açúcar

três chávenas de chá de fubá

cem gramas de côco ralado

cem gramas de queijo ralado (de sabor suave)

uma colher de sopa de fermento

Bate-se tudo muito bem e leva-se ao forno...


Bom apetite!



sábado, 27 de junho de 2009

Lindas, lindas!






Lisboa - Belém, 9 de Junho de 2009


A s'tôra de Literatura da rica filha disse numa das aulas:


'Uma coisa é nascer com o dom da escrita e a outra é escrever porque se aprendeu na escola.'

Fico sempre toda encolhidinha quando ouço coisas deste género. E ando eu para aqui com a mania que escrevo... ai ai ai...

Será?


Será que escrevo demasiado?

Será que aborreço os leitores?

Será que não lhes deixo tempo para digerir?

Será que este blogue é entediante?

Ou pior: será que sou entediante?

Será?


(Outro) Link


Tal como anunciado no post anterior, se clicares aqui és bem capaz de perceber melhor o que está escrito porque este post é um prolongamento do post linkado. Então aí vai o post propriamente dito:

Uma pessoa que diz:

- conananja em vez de cor de laranja
- fudim em vez de pudim
- colhombo em vez de colombo

Nunca poderá ser uma pessoa como deve ser, pois não?


Link


Um link é um elo de ligação. Então clica lá aqui onde está o aqui a vermelho se faz favor e depois vem ler o resto. Se assim fizeres este post terá mais piada, garanto.


Desta vez fui eu a agraciada enquanto lavava os vidros da montra. Põe-me a mão no ombro e diz na sua voz entaramelada:
- Olha... aviva-me lá a memória, a gente conhece-se donde?
Ora bem... e o que é que eu respondi? Respondi algo que matou a conversa logo ali:
- Eu acho que a gente não se conhece de lado nenhum.

Três desejos ou então um desejo e dois ou's
(e também um título com quatro desejos e três ou's)


Queria ser homem para não me preocupar em esconder as alças do soutien.

ou

Queria não ter que usar soutien.

ou

Queria não ter mamas.

Não se deve


Não devo dizer (nem a brincar!) a uma gorda: 'Ai eu não posso comer isso porque 'tou a ficar gorda!' porque a gorda vai pensar que estou a chamar-lhe gorda. A gorda já é gorda e (também) já sabe que é gorda mas não gosta que se lhe chame gorda. Eu sei. Sei, sei.

?!


Há coisas que conseguem acabar-me com o sossego cerebral - o que levará uma pessoa que diz peremptoriamente, inclusive, que quer atacadores brancos ou vermelhos, acabar por comprá-los em preto?

Diz


Diz que é um tremoceiro e que há-de dar umas florzinhas amarelas. Diz.



... E eu digo que nesta altura, seja ou não um tremoceiro, já não dará florzinhas amarelas ou de qualquer outra cor. Digo eu.



Fotografia de cima: Lisboa,28 de Maio de 2009
Fotografia de baixo: Lisboa, 12 de Junho de 2009


quinta-feira, 25 de junho de 2009

Nem tanto


Existe generosidade, existem pessoas, existem pessoas generosas. Mas a generosidade nas pessoas generosas nunca vai até à capacidade de dar sem a esperança, umas vezes vívida, outras esbatida, de que receberão qualquer coisa em troca.
A esperança não é a última a morrer porque a esperança nunca morre. Logo... as pessoas generosas esperam receber.

Gel(ad)eira


A rica filha diz(ia) geladeira em vez de geleira. Fiz grande espanto quando descobri e corrigi-a, provocando-lhe grande pânico com a ideia de que fala mal a nossa língua que é por ela estudada e também mui amada.
Possivelmente estarão as duas palavras bem ditas, não sei se estão ou não. Mesmo não sabendo e não fazendo qualquer pesquisa para descobrir, porque se através da pesquisa eu descobrisse que estou errada, este post deixaria de ter razão para existir, apresento já de seguida o giro da questão. E o giro da questão é isto:

Passeávamos ambas pelos corredores enormes de um dos hipermercados que existem nesta cidade capital da saloiada. Passeávamos mas também andávamos às compras. Chamo agora a atenção para a conversa que se segue e para isto: o verde é a rica filha e o lilás sou eu...:

- Combinámos que o Hugo compra os sumos porque ele é que leva a geladeira.

- Geladeira?! Geleira, pá!

- Quê, não me digas que se diz geleira!

- Pois diz. Pelo menos eu chamo assim...

- Oh...

- ...

- Então... eu a dizer geladeira ao Hugo e tudo e ele nem me desmentia! Oh, também o Hugo não me costuma desmentir nestas coisas, confia que eu sei.

- Confia piamente?

- Sim.

- Hum... então se lhe contares vai deixar de confiar.

Aproximámo-nos do corredor do material de campismo. Finalmente a rica filha ia saber como se diz geladeira... Simulou o andar de alguém que teme qualquer coisa que está prestes a rebentar. Teatraliza uma cena aproximando-se sorrateiramente, com um desejo muito forte, misturando o medo e o prazer da descoberta.
Segue nova conversa:

- Oh!... Diz-se mesmo geleira! Que horror, mãe, andei anos enganada!

- Pois...

- Já estou mesmo a ver... tu vais pôr isto no teu blogue...

- Se calhar...

- Oh! Eu não me importo desde que fales do meu pânico.

- Claro que vou falar do teu pânico, o teu pânico é que é giro nisto tudo. O pior é se eu escrevo mas só consigo transmitir às pessoas a parte da geladeira e ficarem todos a pensar que não sabes falar...

- Vê se escreves como deve ser p'ra todos verem o pânico!


Já está! Escrito está... E o pânico, 'viu-se'?

É verdade


Não sou mais verdadeira quando escrevo, não. Quando escrevo, escreva o que escrever, sou outra. Refinada ou corrompida, tanto faz - sou outra.
Nos dois posts anteriores figura a palavra merda. São mais as vezes que escrevo merda do que as vezes que digo. Quando escrevo merda, escrevo principalmente porque os eufemismos me enjoam, sempre lhes está associada uma certa hipocrisia. Enjoa-me o suavizar das coisas, o querer fazer parecer que até nem me porto mal, o não dizer merda e até me apetecer muito, muito, muito...

Não sou mais verdadeira quando escrevo, não. Quando escrevo, escreva o que escrever, sou outra. Refinada ou corrompida, tanto faz - sou outra.

Em estrangeiro


Houve um senhor que assim que soube o preço do artigo grunhiu algo na língua materna... na língua materna dele, bem entendido. O tom de voz era o de alguém praguejando ou, quando muito, reclamando do (supostamente) alto valor. Fiquei com a impressão de que fui mandada à merda.

É uma honra, é uma honra. Em estrangeiro é uma honra mas não me encontro às ordens, isso não!

Fumar mata


- Eh pá, já vais fumar outra vez?

- Ya...

- Não fumes essa merda q' isso faz-te mal, meu!

- Oh! O mal é 'tar vivo... pode-se morrer por fumar esta merda!

No elevador


Tenho uma vizinha que concluiu recentemente um curso de psicologia. Há tempos tinha-se falado de sociologia e de outras coisas relacionadas com a psicologia e ela contou-me de um livro (e ficou de mo emprestar!), um livro não, um calhamaço, acerca da tal da sociologia, já que essa tal da sociologia é uma temática que me agrada.
Encontrei-a no elevador e diz ela: 'Então, tenho lá o livro à tua espera!' e vá de tornar a falar-me disto e daquilo que o calhamaço contém. Expliquei-lhe que era melhor não ir buscá-lo, que tenho em casa montes de livros para ler e que alguns até são emprestados, que há já muito tempo não tenho concentração nem disposição nenhuma para ler, que não sei o que se passa na minha tola e blá blá blá...
Pela expressão que vi na cara dela fiquei com a impressão que temeu que eu lhe pedisse auxílio psicológico para amigos. Ou seja, de borla!

... deixa lá isso, obrigadinha! Eu safo-me com a tola assim como a tenho... e escrevo num blogue...

Sondagem Powerpuff Girls, em 25 de Junho de 2009


- Já votaram 7 pessoas, filha!

- Yééééé!!!


Xiuuu! Não digas a niguém mas votaram mais do que eu esperava...


Obituário com provérbio a acompanhar


A Dona Maria do Carmo morreu. A morte não lhe apareceu de surpresa, havia já algum tempo que era vítima da doença que a finou.
É um bocadinho estranho o 'ir-se', o 'nunca mais'. Digo bocadinho porque não me atrevo a fazer sobressair o meu sentimento perante o tamanho sofrimento dos familiares. Mas estranho um bocadinho e quero escrever para não a esquecer.

Estranho já não ver mais a Dona Maria do Carmo de bata verde e vassoura na mão, limpando o átrio do prédio.
Estranho já não a ver a beber um cafezito sempre atenta ao derredor e opinativa até mais não.
Estranho que já não me divirta nunca mais com a sinceridade manifestada nessas opiniões, interessantes ou nem por isso, agora não faz diferença.
Estranho que não me diga nunca mais: 'Os seus meninos são tão lindos!' mesmo que eles não tenham deixado de ser lindos e que já não sejam meninos.
Esta última é a que estranho mais, pois 'quem meus filhos beija minha boca adoça' lá diz o provérbio.

Estranho isto e não mais que isto. Enquanto eu lidar com a morte de lado, enquanto não esbarrar nela ou ela não chocar comigo de frente... vai-se vivendo.

Substâncias




Ramelas e ceras são 'coisas' para toda a gente ter... e partilhar, já agora!


Fotografia: Rua Soeiro Pereira Gomes - Póvoa de Santo Adrião


Então, não se escreve nada?!


Calma, já lá vou.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Popozinho


O rico filho fez um popozinho na escola. Orientado e ajudado, o bicharoco já sabe serrar e colar peças por modo a produzir algo com jeito, ao que parece.
Escolheu a cor vermelha para decorar o popozinho e alcunhou-o de Dré. Esta peça merece destaque aqui no blogue porque é, provavelmente, o último trabalho manual do rico filho na escola.
Aqui está ele:




Rock


A rica filha gosta de música rock. Às vezes comparo a música das suas bandas preferidas com algumas das bandas portuguesas, acho-as nada aquém daquelas em termos de qualidade e muito semelhantes em termos de sonoridade. Depois aconselho-a a ouvir essas bandas portuguesas mas ela liga-me poucochinho.
Um dia entrei no quarto e ouvi uma música daquelas do rock que a rica filha gosta de ouvir mas cantada em português.
- Ena! Estás a ouvir rock português! - Exclamei eu como felicitação pela escolha.
- Mãe... Esta música era do Pokemon... - Responde ela com o gozo contido. Ante o meu silêncio continua:
- Não te lembras da música do Pokemon, mãe?
Arqueio as sobrancelhas e baixo os ombros em sinal de submissão enquanto profiro um sumidinho:
- Não...

Rascunho


No dia do exame de português do 9º ano deram ao rico filho uma folha A4 com o carimbo do estabelecimento escolar que frequenta, a data e a rubrica da professora, para rascunhar as composições ou o que fosse preciso. E ele... deixou-a em branco. Pois é. O rapaz não precisou de rascunhar nada. Sempre prático e despreocupado, fez tudo como lhe saiu na hora.

- P'ra que é que é preciso fazer rascunhos?! - Perguntou ele perante a minha interrogativa, não achando necessidade de ensaios de espécie nenhuma.

Nem sei se pense: 'Ah, grande aluno que é o meu rico filho, sim senhor! Qual rascunho, qual quê?! É tão bom, tão bom, que nem precisa de nada destas coisas!' ou se desconfie de tanta segurança e aparente saber - é que ainda não recebemos o resultado do exame...

domingo, 21 de junho de 2009

Hoje


Pelo que se vê hoje neste blogue, tenho pouco a dizer e muito a mostrar.

Saudações e votos de uma boa semana.

Solstício


Chegou o Verão!





Este Verão até parece uma auto-estrada!




Fotografias: Costa da Caparica, 21 de Junho de 2009

Cortar


Cortaram os fetos...
Eram assim:





E agora estão (só) assim:



Também cortaram esta planta, ou árvore ou que é aquilo.

Só sei que não sei o nome.

Era assim:


E agora está (só) assim:


Mas... Vêm lá mais.

Vão ter que cortar de novo não tarda!



O antes
O depois


O antes

Lisboa, 2 de Junho de 2009





O depois

Lisboa, 20 de Junho de 2009



sábado, 20 de junho de 2009

UPS!


Errei neste post, as duas fotos não são da mesma rua. Ficam aqui o pedido de desculpas, a resposta ao desafio e o erro desfeito.
Ver abaixo das fotos.



Rua de São Paulo...





Rua do Corpo Santo...


quinta-feira, 18 de junho de 2009

O post anterior fez-me lembrar:


Noutro dia disseram-me que sou pura. Isto no sentido de ser crua e ríspida, não possuo o polimento da hipocrisia.
Achei a referência curiosa - é verdade que essas são 'coisas' que me acompanham, sou rude em muitos momentos. Porém, nunca ousaria chamar pureza a 'isto'...

Suspiro


Recomecei a falar sozinha. Digo recomecei porque mais não fiz que regressar ao primórdio da minha existência, já que o palrar dos bebés é comunicar com eles mesmos.
Estou a lembrar-me - na Bíblia diz que o palrar dos bebés é o perfeito louvor a Deus, pela pureza de sentimentos e a ingenuidade própria dessa altura da vida. Enfim, assim já não me parece ter regressado ao primórdio da minha existência.

Bíblia Sagrada, Livro de Salmos - capítulo 8, versículo 2.

Que muita vergonha!


É costume os clientes falarem-me baixinho quando pedem um bacio de cama e pedem logo desculpa e tudo pelo xixizinho que têm que verter impreterivelmente a meio da noite. Muito enfiadinhos com eles mesmos são estes mijões! Credo, tanta vergonha!
E também há aqueles que proferem bem rente à surdina:
- Eu queria bicha...
- Bicha para cortinado? - Pergunto eu alto e bom som para tudo ouvir a obscenidade imensa. Que eu saiba, aqui na minha terra bicha não é sinónimo de paneleiro.

Se eu trabalhasse num daqueles antros de podridão e miséria humana (leia-se casa de putas, jogatana e/ou tráfico disto e daquilo) acho que não veria tanto embaraço nem tanta cara coradinha.

Post inconclusivo


Sou eu que não sei estar com as pessoas ou são elas que não sabem estar comigo?

Hum...

Suspiro número treze


Quem quer ir da Rua Braancamp à Avenida Fontes Pereira de Melo, isto a pé, tem um trabalho árduo pela frente...

Calor número dois (não sei se é o número dois mas faz de conta)


Os dias de extremo calor são caracterizados pela inexistência do boné na cabeça do senhor José e pela existência do panamá na cabeça do senhor Filipe.
Ou seja, pela gloriosa ostentação da careca do senhor José e a exibição orgulhosa do panamá do senhor Filipe que não via a rua desde o ano passado.

Aproveitemos o solzinho abrasador, pois. Há que não perder tempo pois a vida não anda... corre.

Post desiquilibrado


O equilíbrio é um gajo lixado, não deixa a malta exceder-se.

Bolas!...

Tosse, muita tosse


A senhora do banco tossiu, tossiu, tossiu. Disse ela que era alergia ao pó que as notas têm, por causa de contar o molho do abastado cliente, abastado levando em conta o tamanho do molho. E tossiu, tossiu, tossiu.
Esta senhora tem a profissão errada. Também eu. Ah pois. A ver se trocamos… Era giro. Até já estou a imaginar a Dona Carminda, a senhora do banco, a atender ao meu balcão aquela freguesa que lá foi comprar sabão azul e branco, quando ela lhe dissesse assim:
- Eu uso sempre isto para lavar a cabeça. Não posso usar mais nada senão cai-me cabelo aos montes!
- Então, isso é capaz de ser da idade! - Foi o que retorqui.
Mas acho que a Dona Carminda lhe responderia assim:
- Ah… ó Dona Gertrudes, então já viu o dinheiro que poupa?! Podia aplicar a poupança numa conta especial para fazê-la render.
Pois é. Eu acho que era isto o que a Dona Carminda responderia à Dona Gertrudes se estivesse no meu lugar. A ver se trocamos. Eu não tusso com o pó das notas...

Constatação blá blá blá


Se acharmos caro um conjunto de parafusos para fixação de sanita... temos um problema de merda.

Hum... (este 'hum' é o número dezanove)


Anda a passar-se qualquer coisa estranha comigo - comento o meu próprio blogue...

Constatação a seguir à constatação antes desta


Quando dizem 'ah eu compreendo, sim' não estão a dizer isso. Não propriamente. Estão antes a dizer 'ah 'tá bem deixa-te lá dessas merdas porque eu tenho problemas muito maiores que os teus'.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Constatação número cinquenta e um (deve andar por esse número...)


Não se vê os chineses a comprar nas lojas de chineses.

Refeição


Isto é um ovinho estrelado em cama de espinafres ao alhinho. As batatinhas moles, o bacon, o tomate cherry e o raminho de salsa estavam lá mas fugiram antes do meu clique, temiam cegar com a intensidade do flash.



segunda-feira, 15 de junho de 2009

Fantástico!


As mulheres são exímias; conseguem prodígios autênticos - algumas exibem o mesmo padrão na cunha das sandálias e na túnica. Isto, no mesmo dia e no mesmo momento.

Nêsperas




Vi-o empoleirado no muro. Apanhava nêsperas e comia-as com gosto. Parei repentinamente e fiquei especada a olhá-lo.
- Então, as nêsperas, que tal são elas? - Perguntei.
- Deixam-se comer – Diz ele encolhendo os ombros.
Do cimo do muro, estendeu-me dois ramos contendo muitas nêsperas. Fui até lá e estiquei-me para aceitar a oferta.
Depois esclarece:
- O terreno não é meu mas a nespereira é produção minha, eu é que cuidei dela. Por isso tenho direito a comer…
E remata assim:
- O resto é para os passarinhos!...

E as nêsperas deixaram-se comer por mim também.

Um euro


Na feira fui abordada por um jovem cigano:
- Ai, ó minha senhora, compre-me um colarzinho! Só custa um euro! Olhe que são da Lili Caneças!
E eu não pude deixar de inquirir, mostrando indignação fingida:
- Ah sim, então os colares não são seus?!

- Vai chover!
- Vai tu, ora!


\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\

domingo, 14 de junho de 2009

Ideias


As ideias acerca do que hei-de escrever andam turvas.


Espero a nitidez. Espero-a receosa de que a espera seja vã.




Fotgrafias: Lage - Mafra, 10 de Junho de 2009

Os peões


Há uns tempos, sem mais nem menos, reparei que o desenho dos peões não são todos iguais...

Alameda Dom Afonso Henriques - Lisboa
Portela de Sacavém
Pinheiro de Loures


Santa Iria da Azóia


Creio que há mais variedade mas fiquei-me por aqui, já chega de peões.


Mandato


Se eu mandasse neste país não mandava em nada - não gosto de mandar...

Powerpuff Girls




Ontem ao jantar surgiu uma dúvida entre os adolescentes presentes:

Há cerca de oito anos a série de desenhos animados Powerpuff Girls, da qual a rica filha era fã, teria passado apenas na TV por cabo e não na TVI.

E vai daí, resolvi, e pela primeira vez, pôr uma sondagem no blogue - na barra lateral direita é o primeiro item.

Assim queiras, vai lá e vota.




Imagem: encontrada no Google e copiada do mesmo.

sábado, 13 de junho de 2009

Parabéns, Luís!


Por modo a não fazer muita onda, não vá eu escrever sandices semelhantes às do ano passado, aqui fica um poema dedicado ao meu amor...

Todas as ruas do Amor

Se sou tinta tu és tela
Se sou chuva és aguarela
Se sou sal és branca areia
Se sou mar és maré-cheia
Se sou céu és nuvem nele
Se sou estrela és de encantar
Se sou noite és luz para ela
Se sou dia és o luar
Sou a voz do coração
Numa carta aberta ao mundo
Sou o espelho d'emoção
Do teu olhar profundo
Sou um todo num instante
Corpo dado em jeito amante
Sou o tempo que não passa
Quando a saudade me abraça

Beija o mar, o vento e a lua
Sou um sol em neve nua
Em todas as ruas do amor
Serás meu e eu serei tua

Se sou tinta tu és tela
Se sou chuva és aguarela
Se sou sal és branca areia
Se sou mar és maré cheia
Se sou céu és nuvem nele
Se sou estrela és de encantar
Se sou noite és luz para ela
Se sou dia és o luar

Beija o mar, o vento e a lua
Sou um sol em neve nua
Em todas as ruas do amor
Serás meu e eu serei tua

Flor-de-Lis


Em querendo, o video é para ver aqui.

Cheguei!


Estas são imagens dos sítios por onde andei nestes dois dias de férias.