segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

2007... 2007... 2007...

... já quase lá vai. Foi um ano bom para mim porque nada de muito mau me aconteceu durante o seu decorrer.
Nesta altura do ano, costumo fazer um balanço de modo a perceber-me melhor. Normalmente, ocorrem-me primeiro as coisas más que faço, digo e penso. E esse facto deixa transparecer a percepção que tenho de mim mesma e, por isso mesmo, sei muito bem o que tenho que mudar.
Deixando-me agora de lamurias vou aqui fazer uma listinha das coisas boas do meu 2007:
- Adquiri mais escolaridade
- Recebi amigos em casa
- Escrevi muito
- Dancei, ri e passeei
- Amei, compreendi e conversei
- ...
Acho que já chega. Mais para quê?
A quem por aqui passar:
FELIZ 2008!!!

domingo, 30 de dezembro de 2007

Lá vai parar...



- Se não fosses tu eu hoje não seria nada disto... - disse eu dando-lhe um abraço apertadinho.

- Oh!... Não digas isso. Tens o teu valor e não é por minha causa que o tens. Saberias fazer o que fazes e dizer o que dizes porque tens a tua própria inteligência. Se não tivesses alguém que te apoiasse talvez não fosses assim agora mas terias o mesmo valor que tens.

- Estás a ver como vais parar ao que eu disse...



Everithing mean's nothing if I ain't got you

Alicia Keas

sábado, 29 de dezembro de 2007

Para aqui estou...

Talvez não devesse escrever nada disto mas escrevo na mesma - por vezes é-me tão difícil não quebrar certas regras, refrear a vontade que tenho de me deixar levar pelo encanto que existe naquilo que penso. É difícil controlar porque, no fundo, estas coisas sabem mesmo bem. Como se eu não soubesse que isto não me leva a lado nenhum. Mesmo assim, ainda estou tão verde, ainda tanto há para amadurecer...
Xiiiiuuuu... não digas a ninguém.... hoje visitei uma Sex Shop... Que por acaso... tem o seu interesse. Quer dizer, o interesse é meu. Eu é que fiquei interessada e fui lá ver. É giro. Aquilo.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Loures, 8 de Dezembro de 2006

Normalmente encaro estas saídas com alguma ansiedade, acho que dou sempre nas vistas pelo motivo errado. Já estava a R*** a dizer-me que eu estava a "aterrar". Por acaso ela nem sonha que eu estava era a "voar".
Chateia-me este género de coisas porque as pessoas simplesmente não me compreendem e não me aceitam como eu sou, têm sempre algo a questionar acerca do meu comportamento, faço-lhes sempre muita impressão.
Eu não questiono o comportamento dos outros. Observo, analiso e concluo, tudo sem questionar.
Isto aborrece-me tanto, mas tanto... e eu queria tanto ser diferente...

1# Vauxall Viva 1300 L

Hoje inicio uma série de post's cuja etiqueta será: "Carros 1# - 2# - 3# - 4# - 5#".A minha ideia é contar um pouco da minha vida através dos carros que já possuí até hoje e que influência e importância tiveram para mim.
Acho que a minha vida pode ser agrupada em temas e o meu passado ser contado desta maneira mas provavelmente não terá o mínimo interesse para quem vem aqui ler. Este mesmo pensamento acompanha-me em muitos dos post´s que escrevo e publico. Julgo que isso se deve, principalmente, à minha timidez da qual vem a ideia: "isto não vai interessar a ninguém...". Tenho-a tantas vezes que já está enraizada em mim, aparece involuntariamente. Mesmo assim, costumo contrariar essa ideia com outra ideia: "Gina Maria, deixa-te de merdas e escreve o que te apetece e como te apetece!..." (acho que já escrevi isto algures por aí...)
Portanto, seguidamente:

VAUXALL VIVA 1300 L

O Vauxall era de um amarelo incomparável. Um amarelo que não era ovo, nem canário, nem limão, nem espiga, nem dá para comparar com coisa nenhuma. A melhor definição é mesmo amarelo incomparável.
No final da década de 80 ter um carro amarelo - ainda por cima - amarelo incomparável, estava completamente out. O Vauxall dava nas vistas pela negativa mas era um grande carro!... Ai não que não era!... Bem... a não ser quando se rodava a chave na ignição e ele insistia em não trabalhar, aí é que perdia toda a grandeza. Deixou-nos muitas vezes pendurados, inclusivamente no dia do meu casamento... ah pois é!... As mudanças não entravam e um carro onde as mudanças não entram não nos leva a lado nenhum.
Uns dias depois já estava porreirinho e lá fomos nós de lua-de-mel. Mas... no regresso a casa estava a ver que tínhamos que vir a pé...
O Vauxall foi o meu primeiro carro. Nessa altura eu ainda não tinha carta de condução mas conduzi-o várias vezes em sítios despovoados. Lembro-me do (quase) terror que era pisar no acelerador e sentir o carro deslocar-se.
Por eu ainda não ter carta de condução na altura, a maioria das histórias são lembradas ao pormenor pelo Luís, ficando apenas na minha memória muito pouco.
Lembro-me, por exemplo, que a Ana Cláudia viajou no Vauxall por muito pouco tempo. A Ana Cláudia ainda é do tempo em que não era obrigatório cinto de segurança ou cadeirinha de bebé. Quando viajávamos, eu ia atrás com ela ao colo. O cinto e a cadeirinha da Ana Cláudia era eu...
Um dia tivemos um acidente. E nesse dia, graças a Deus, a Ana Cláudia não viajava connosco. Nem o Luís nem eu, nos magoámos, também graças a Deus. Mas o Vauxall "morreu"... não havia arranjo possível.
Fez-nos falta, estávamos habituados à comodidade de possuir um carro.
Um dia deixámo-lo só e abandonado num ermo onde não incomodou ninguém até ao dia em que foi declarada a sua extinção na Direcção Geral de Viação. Posteriormente foi compactado e transformado num cubo e enviado nem sei para onde.
Seguidamente seguem-se já de seguida algumas fotos devidamente legendadas.



Ei-lo! A foto está uma porcaria tanto em termos de côr como em termos de enquadramento, mas é aquela onde melhor se vê a "fera" que era o Vauxall.

Aqui em terras alentejanas, momentos antes de termos o tal acidente que o vitimou e que nunca mais o deixou ser carro. Aquela menina lá dentro sou eu.


E aqui uma das avarias do Vauxall que o Luís arranjou.
P.S Então, o Vauxall era ou não era de um amarelo incomparável?

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

"Você nasce sem pedir e morre sem querer!
Aproveite o intervalo!"

Recebi esta frase através de uma mensagem de correio electrónico. Assim que a li achei-a logo tão interessante como só as frases simples e objectivas como esta conseguem ser.
Ora bem... e eu, sempre que me lembro, é isto mesmo que faço - aproveito o intervalo, aquilo a que vulgarmente se chama VIDA!...

Então, 'bora lá aproveitar a vida!!!

Dúvida

Qual será a diferença entre e-mail e mail? Eu, que de Internet pouco percebo, acho que e-mail é um endereço de correio electrónico e um mail é uma mensagem que circula através da Internet. Por via das dúvidas, o melhor é deixar-me de "inglesismos" ou "americanismos" e escrever à portuguesa.
e-mail - endereço de correio electrónico
mail - mensagem de correio electrónico
E, tal como se pode ler já no post* a seguir...


*Então e post, é o quê? Um artigo ou texto publicado, certo? Acho que também vou deixar de escrever post...

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Descobrimos recentemente que o mais novo elemento cá de casa é também o mais alto...

Pois é... até já o Luís ficou para trás...

Nesta altura, o André tinha cerca de ano e meio e para ele o MacDonald's apenas significava brincar dentro de uma caixa cheia de bolas coloridas. Hoje em dia o MacDonald's significa comida, nada mais!...




Em 1997 esta era a diferença de altura entre os ricos filhos. Estamos em 2007 e ainda há uma grande diferença mas em vez de ser a rica filha a maior... a situação inverteu-se...




Por acaso, aqui o André está mesmo parecido com a parvalhona da mãe dele... digo eu e sei o que digo



A sério... pensar que este caramelo já foi deste tamanho e agora olha para mim lá do alto, é obra!...

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Neste dia de Natal

Ora bem, deixando-me de lérias que a esta altura do ano mais não são do que lugares-comuns*, venho por este meio publicar - e desde já peço muita desculpa pela má qualidade da foto mas foi o melhor que consegui arranjar... e a culpa não é da máquina mas da utilizadora - o presente mais engraçado que recebi este ano. Trata-se de um porta-chaves que me deu a rica filha. Isto porque, tendo ela lido este meu post, teve a brilhante ideia de me oferecer um porta-chaves!...
Dado a má qualidade da foto, é melhor descrevê-la: é um coração grande e vermelho no qual ela escreveu: Mãe da rica filha.


*que o Natal apela ao consumismo desenfreado, que os bens materias não interessam para nada, que o pessoal só se lembra uns dos outros e só é caridoso nesta altura do ano, que o que interessa é a amizade e o amor e não o "tamanho" das prendas, que eu recebi xis de prendas e tu quantas recebeste, que o pessoal devia ter este espírito de confraternização e agradabilidade e, direi mais, espiritualidade durante todo o ano, que demonstrar todos estes sentimentos somente durante o mês de Dezembro mais não é do que uma prova da hipocrisia e mesquinhez da raça humana, etc etc etc etc...
(acho que é melhor ir dormir, até amanhã)

domingo, 23 de dezembro de 2007

Noite de Natal de 2007

Se o meu mundo fosse o ideal, esta seria uma época de grande felicidade. Teria o dia de amanhã livre, levantar-me-ia cedo e iria às compras antes que acabassem as couves e o bacalhau. À noite, a Noite da Consoada, teria a casa cheia de familiares que confraternizariam todos sem atritos nem arrufos. Infelizmente isto não é possível acontecer porque o meu mundo não é o ideal ou o desejável.
Nos últimos anos tenho amadurecido uma ideia - se o Natal é uma festa familiar e eu não tenho tido a casa cheia de familiares, paciência. Este ano recebemos um convite de um casal amigo. E porque não passar o Natal com amigos? Qual é a diferença? A única diferença que eu vejo é que eles gostam de estar connosco. E este ano resolvemos fazer a coisa diferente e vamos passar a noite de Natal a casa de amigos... estou convencida de que será muito agradável a minha noite de Natal de 2007.
Desejo um bom Natal a quem por aqui passar!
fonte da foto: Google

A culpa é do tempo

As buzinas soam estridentes lá fora. Não ligo, continuo absorta em pensamentos. Dou-me conta de quão fácil é ser absorvida pelos meus pensamentos, as buzinas insistem como para me acordar desta apatia. O barulho não me acorda, continua muito longe. O local onde me encontro está vazio, talvez por isso esta minha ausência.
De repente entrou alguém, queria saber preços. Nem me disse bom-dia, eu também não saudei, cansada que estou de tudo isto. Respondeu que era caro num português rudimentar e nem agradeceu a informação dada. Já são tantos anos e eu ainda não me habituei a isto...
Olho lá para fora e vejo que chove. Deve ser por isso que sinto este peso na cabeça e esta apatia em relação ao que me rodeia.
Entretanto, reparo que a culpa é sempre do tempo. O tempo, se tiver costas, deve tê-las mesmo largas...

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Com o intuito de marcar a quadra natalícia, tenho andado a ver se me lembro de um Natal que para mim tenha sido inesquecível. Lembro-me de algumas coisas passadas no Natal em várias das etapas da minha vida e que me marcaram positivamente ou não, mas não existe nenhum Natal inesquecível.
Todos os anos tento que o Natal se passe alegremente cá por casa e normalmente consigo. Há alegria, amor, saúde, comida e prendas. Isto é tanto que bastava. Mas eu acho que o Natal é mais que isso. O Natal existe porque Jesus nasceu. Esse é que é o verdadeiro Natal.


" Pois, na cidade de David, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos será por sinal: achareis o menino envolto em panos e deitado numa manjedoura. E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens"


Bíblia Sagrada, livro S. Lucas capítulo 2, versículo 11 a 14

domingo, 16 de dezembro de 2007

Erro

Depois de ter publicado o último post, andava já eu nas minhas lides domésticas quando ouço:
- Ó mãeeeee!!!! Tens um erro naquela cena do blog! - berrou o André.
A folha de papel com o texto escrito em francês que referi no último post tinha ficado em cima da secretária. O rico filho deitou os mirones e deu logo com um erro que a mim me tinha escapado completamente.
- Ai é, filho? Então?
- Sim... cosine está mal escrito, é com um "u" a seguir ao "o". Escreve-se cousine.
- Ah pois é... realmente tens razão. Até havia aquela situação da cusine e cousine... nem me lembrei...
Agora, mesmo tendo essa lembrança e sabendo que está mal escrito, não vou emendar para não tirar a razão de existir ao post de hoje.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Texto em francês

- Outro texto em cima da minha cama? Agora é em francês... também queres que o publique no meu blog? - perguntei eu, convencida que a resposta iria soar num tom alegre.
- Se quiseres... mas aviso-te já que está cheio de erros!... Sei lá escrever em francês!...
Mesmo este texto com erros (os que detectei corrigi), aqui o publico, porque achei muito engraçado. O texto acaba por ser um auto-retrato algo resumido, feito pela rica filha.


"Lisbonne, 30 Novembre 2007
Ma cheri cosine:
Salut cosine! Comment est-tu?Je suis très bien. J'ai choses pour te raconter.
Finnalment, ma mère m'a laissé painter les cheveuxs. J'ai changer mon look. J'ai les cheveuxs marron claire, il est très jolie. Mes yeuxs sont marron foncè, je continue petite, ma talle est un mettre et cinquante-quatre. Je suis un peu gros, mais je ne donne pas d'importance.
Je continue vaniteuse, ma mère pense que c'est à la cause de l' age. J'ai mûri un peu, je pense en les choses avant de les faire. Je suis sincère, comment toujours. Je suis une femme très gai, j'ai beaucoup d'amies. Mais, je ne suis pas beaucoup de responsable, ni sèriouse à l'ècole. Mais, je me esforce."

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Loures, 9 de Dezembro de 2006

Um dia assim a raiar o estúpido. Nada de especial. Ou talvez haja: terei mesmo uma capacidade invulgar para atrair e manipular? Não sei... ninguém cá quer vir, eu não sei atrair ninguém... já manipular... digamos que tenho os meus dias. Quando eu quero mesmo, vem tudo aqui comer na minha mão. Apenas estou condicionada pelo tempo, tenho que esperar pela altura certa, o momento exacto. Este é um grande exercício de paciência e eu tenho-a. Tenho o tempo e a paciência, é por isso que tenho esta capacidade.
Há dias em que escrevo aqui o que me apoquenta, mas não tem necessariamente que ter sido um pensamento aparecido nesse dia. Eu já ando a pensar há vários dias o assunto que relatei aqui hoje. E hoje, assim que comecei a escrever não tive assunto para desenvolver acerca deste dia, porque nada teve de relevante. Ou então é porque simplesmente não me apetece escrever acerca disso. Então, a caneta escreve (a caneta ou eu?) acerca do que me vai na alma. E o que me vai na alma é isto que acabei de escrever.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

CUCU!!!


Tenho estado uns dias afastada da escrita propositadamente. Estava a ficar introspectiva negativamente, não conseguindo tirar partido de coisa nenhuma que pensasse. Algumas situações estavam a correr-me mal e só me apetecia escrever acerca das minhas desgraças, que são muito pequenininhas, comparando a minha vida com a de algumas pessoas que conheço.
Pela primeira vez, desde que escrevo num blog, tive vontade de desistir de publicar o que me passa pela cabeça. Fiz os possíveis por me esquecer das letras e das palavras para conseguir perceber até que ponto gosto de escrever ou até que ponto me faz falta converter pensamentos em textos. Quis sentir saudades de escrever despropositadamente, sem esperar ser ouvida.
Esta tarde tive um bocado de tempo livre, liguei o PC e vi que tinha muitos comentários. É animador verificar que existem pessoas que vêm aqui de propósito para lerem o que eu escrevo, que o fazem por gosto e ainda deixam comentários elogiando a minha pessoa e a minha escrita. Acho que corei ao ler alguns dos últimos comentários que aqui me deixaram.
Achei que devia responder aos comentários, que é algo que habitualmente não faço, devido ao péssimo defeito que tenho e que é achar que não valho nada e que ninguém estará interessado em saber o que tenho eu a dizer.
Os últimos post's foram escritos com muita alma e por isso, aproximei as pessoas. Mas como sou inconstante, agora que estou a escrever este mesmo post, já me está a parecer que se calhar até é melhor nem escrever nada disto porque não irá interessar a ninguém... blá blá blá... blá blá blá...
Seria bom que realmente não te interessasses por este último parágrafro, ok?
Estou de regresso e estou a gostar. Já tinha saudades e não sabia.
foto: eu no meio de dois "senhores" que estão no Jardim Fernando Pessa, em Lisboa.

sábado, 8 de dezembro de 2007

SURPRESA!!!


A Internet é espectacular!!!

Há uns dias atrás recebi um e-mail na conta do blog:

Assunto: "Publicidade ao blogspot"
Mensagem "Bom dia! Algures em Pitões das Júnias... vi esta inscrição... Cumprimentos".
Em anexo vinha a foto que se vê em cima.
Passo a explicar: a foto contém o nick que uso neste blog, o endereço deste blog e a data em que escrevi aquilo (não sou capaz de escrever seja o que for sem datar). Aquela é a minha letra, ainda mais torta e esquisita do que o normal porque a madeira é cheia de sulcos, o que torna difícil fazer uma letra bonita. Naquele dia andávamos a passear em Pitões das Júnias - Trás-os-Montes, que é um local onde existe um mosteiro abandonado e muitas nascentes, algumas delas com quedas d'água lindíssimas e ali onde estávamos, era o miradouro.
Na altura lembrei-me de tentar arranjar uma foto original para colocar no meu perfil e lembro-me que ao mesmo tempo pensei:"Escrevendo isto aqui, até pode ser que alguém vá ver o meu blog". E tirei mesmo uma foto ao que escrevi.
Ora bem, tal como publiquei neste post, perdi grande parte das fotos das férias, onde esta estava incluída. E, por acaso, houve alguém que passou por ali, achou curioso, tirou uma foto e colocou-a na sua página na Internet. E, para além disto, teve a delicadeza de me enviar um e-mail a informar e ao qual já repondi agradecendo e contando a situação de que, graças às actuais maravilhas da comunicação e por obra do acaso, consigo recuperar algo que julgava perdido.


P.S. Eu bem queria pôr esta foto no meu perfil mas não há meio de descobrir como isso se faz...
:'-(

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Post relacionado com o que está imediatamente abaixo deste

Desagrada-me esta fase em que estou - cansada, aborrecida e num grau inferior de capacidade de raciocínio, acho que até posso dizer que não tenho sido racional.
Esta é capaz de ser uma avaliação abrupta acerca do meu presente mas é assim que me sinto, qualquer porcariazita me confunde. Detesto esta sensação de chão a fugir, como se o tempo estivesse quase a acabar e eu tivesse que fazer ainda mais qualquer coisa antes que ele se vá de vez. Sinto-me sem força física ou anímica para ultrapassar os obstáculos com que me deparo hoje.
Impaciência e tensão acompanham-me quase permanentemente. Muito raramente consigo ter paciência para algo ou estar descontraída. E por isso, não gosto quando não me lembro das palavras que quero escrever. E muitas vezes acabo por escrever, e pior que isso, publicar, parvoíces e frases sem interesse. Se calhar estou a deixar-me levar pelo calor da virtualidade e pela possibilidade de ser ouvida.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

A Gigi passou-se...

Já não me lembro onde li mas sei que uma vez li que quem tem o hábito de escrever, o faz porque a sua própria vida não tem interesse. Eu gosto de escrever e não tenho uma vida desinteressante. Profissionalmente falando (escrevendo), sou balconista. Que é uma profissão interessantíssima... para quem vê de fora. Muitas vezes sou psicóloga sem canudo ou remuneração equivalente a tal profissão, ouvinte quando o que me apetece é ser eu a falar, e conselheira em assuntos que não me são concernentes.
Depois, sou nora do dono da loja onde trabalho o que faz com que as pessoas pensem, para além de que sou também eu dona da loja - e portanto, tenho rios de dinheiro - que eu ando a comer as coroas ao velho.
Há quem me adore porque reconhece que me farto de trabalhar para manter a loja a funcionar tratando de toda a gestão de stok's e balcão. E há quem me odeie porque acha que eu não faço nenhum porque às vezes estou sentada na secretária ou porque chego às quinhentas.
Normalmente, tenho sempre uma mui grande vontade de mandar algumas pessoas à merda. Mas ao mesmo tempo sei que não posso porque - até - sou uma pessoa responsável e educada. Por isso, tenho consciência que atrás de um balcão não se pode tomar atitudes drásticas ou radicais.
Não tem tanto interesse, a minha vida? Claro que tem! Até porque, às vezes, tenho uma vontade danada de fumar umas ganzas ou mandar umas quecas em sítios estranhos. O que talvez não tenha tanto interesse é que quando me apetece mandar uma queca... só me lembro do Luís. Talvez isso tenha interesse apenas para mim. Menos mal, portanto.
Este post começou... nem sei como, continuou queixoso, seguiu revoltado e acabou a parvar. Tens razão... vou parar de escrever. Mas só hoje!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Retrato

Não vou escrever acerca de mim. Vou inventar um bocado ou, se quiser, derivar ao sabor da brisa que sopra aqui hoje.


"Era melhor ser absolutamente honesta e sincera para avaliar o que estava à vista e olhou para o espelho com olhos de ver. Não era mau, era diferente. Os últimos anos tinham sido cheios de emoções intensas, na maioria contraditórias ou enigmáticas. Isso fê-la crescer emocionalmente e a sua cara transparecia uma fadiga que dificilmente desapareceria. Os olhos continuavam grandes e castanhos, com pestanas compridas. Apenas estavam ligeiramente mais encovados e as olheiras, que sempre tivera, estavam mais escuras. Virou a cabeça e viu que as faces outrora rechonchudas agora faziam uma cova para dentro. Ela sabia que nos últimos meses emagrecera um pouco embora não fizesse ideia do motivo. E também sabia que as emoções e as experiências pelas quais passara tinham essa função, a função de a fazer parecer mais velha. Se calhar o motivo das faces ossudas era esse. Sim, devia ser isso.
Mirou-se de novo mas desta vez positivamente. Tinha feições regulares e agradáveis, positivamente era assim que se via. Sorriu, custava-lhe pensar que era bonita mas sabia que era. Possuía uma beleza daquelas em que ninguém repara, sem esplendor. Tão subtil como a sua personalidade. Reparou que deixara de sorrir e sorriu de novo, os olhos grandes adquiriram brilho e as feições suavizaram-se. Pensou que essa subtileza era a característica que mais gostava de possuir e que mais prazer lhe dava desenvolver. No entanto, havia um senão, ninguém valorizava, ou julgava, ou supunha. Parecia-lhe sempre que aquilo não servia para nada por ninguém se aperceber nunca de coisa nenhuma do que ela fazia ou dizia. Mas hoje sentia que era diferente. Hoje dava jeito. Havia dias assim."



Adenda: Não sou capaz de inventar. Limitei-me a derivar ao sabor da brisa que soprava aqui hoje. Na realidade, apenas escrevi devaneios.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Loures, 6 de Dezembro de 2006

Existem inúmeras vantagens na decisão que foi tomada, ainda que não tenha sido tomada por mim. Vou tentar aproveitar essas vantagens mas sinto-me tão só... só me apetece fazer merda.
Hoje o dia foi uma correria. De facto, a minha vida não é rotineira, nem pensar... Vim a casa à hora do almoço, depois fui a uma consulta médica, onde fiquei a saber que fisicamente está tudo bem comigo. A seguir fui ao Ginásio, vim para casa, fiz o jantar, estive no P.C. e fui buscar o Luís ao Jiu-Jitsu. No caminho para lá só me apetecia acelerar, que maluquinha ando...
Ohhh... que pena... estou tão triste como uma menina mimada a quem tiraram o seu novo brinquedo. Tenho mesmo muita pena que tenha que ser assim. Mas é o que tem que ser e mais nada.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Fui ao Centro Comercial Vasco da Gama. Quando passei numa das lojas vi alguém dentro da montra fazendo a contagem dos artigos. Reconheci imediatamente a cara jovem e bonita.

Conheço-a desde que nasceu, na realidade só me faltou vê-la nascer - era a minha sobrinha Ana. Não nos vemos om frequência mas sem motivo especial, apenas porque não se proporciona.

Bati no vidro e ela olhou imediatamente para mim. Reconhecendo-me, sorriu abertamente como é seu costume.

Cumprimentámo-nos já dentro da loja.

- Então tia, como é que tu estás?

Não sei porque é que aquele cumprimento teve um sentido tão honesto para mim. Talvez porque em vez de me cumprimentar com um "Olá, estás boa?" ou um "Tudo bem, tia?" ela perguntou "Então tia, como é que tu estás?", querendo mesmo saber e não só porque é bonito e educado. Senti no seu tom de voz um desanuviamento e uma sinceridade limpa e leve, uma frescura própria de quem tem 22 anos e é feliz. Pensei: "A Ana também não foi embora. Ainda. E ouvir-me-ia se fosse preciso."

domingo, 2 de dezembro de 2007

" Dez horas da noite. A vida era igual, a pressão era a mesma. Todos os dias a rapariga se deparava com o mesmo. Bastava passar naquela rua de gente fina para ouvir os piores comentários. Não era só a cor da pele, eram as roupas que vestia, a vida que levava. Ninguém sabia quem ela realmente era, ninguém procurava entender as suas razões. Felizmente, havia alguém. Alguém que tentava compreender, alguém que não julgava sem saber o porquê. E esse alguém, esperava-a todos os dias no final da "rua dos ricos", como lhe chamava sempre. Era mais do que trabalho, havia cumplicidade, havia até amor. Se isto fosse um conto de fadas, ela seria a princesa e ele seria o príncipe. Todos os dias, eu, da janela do café da "rua dos ricos" a via passar, todos os dias o senhor do café fazia comentários e eu, todos os dias perguntava-me porque é que a rapariga não podia ser de outro jeito. Se pessoas como eu, têm a vida tão fácil de viver, porque é que outra tinha de dar o corpo e a alma em troca de dinheiro para viver? Cada vez que a vejo passar, vejo que a vida é injusta, uma injusta realidade. Não sei os porquês da rapariga, mas ninguém o faria por puro gosto e a maioria das pessoas esquece-se disso mesmo.

Um dia desses, quando a vir passar, quando ouvir os comentários do senhor do café, vou chamá-lo à realidade, vou fazer com que me dê ouvidos. A vida não pode ser assim tão injusta."













Vi este texto em cima da minha cama. Li-o e vi que a autora era a minha filha. No final do texto estava o nome, o número e a turma a que pertence, por ser um trabalho para a escola.

Achei que o texto transmitia clareza e intensidade levando em consideração a sua pouca idade (16 anos) para um assunto desta natureza.

Passados uns dias perguntou-me se o tinha lido e eu respondi-lhe que sim. Depois perguntou-me se eu já o tinha publicado no meu blog. Disse-lhe que não, se o tivesse publicado ter-lhe-ia pedido autorização primeiro.

- Ohhhh... - fez ela - eu deixei em cima da tua cama de propósito para tu leres... pensava que querias pô-lo no teu blog.

- Mas queres que eu o publique?

- Sim.

E eu assim fiz. Está feito.













P.S. O Luís acha que se nota nas palavras dela, parecenças com as minhas. Acha que ela escreve como eu. Também achas?

sábado, 1 de dezembro de 2007

Há uns dois meses criei aqui no meu blog uma etiqueta a que chamei "Linhas ao acaso". A minha ideia era transcrever aleatoriamente alguns dos textos que escrevo à mão no meu diário. O título daqueles textos seria sempre o local e o dia em que tinham sido escritos. Naquela altura andava sem inspiração para escrever aqui e esta ideia pareceu-me bem. São textos muito diferentes do que habitualmente escrevo aqui, por isso é que a ideia me agradou e tratei de vasculhar o que anda para ali dentro da caixa... e que "possa" ser publicado.

É bem verdade que não apresentei à blogosfera a nova etiqueta, talvez por achar que não interessaria a ninguém, o que se pode traduzir em timidez, não sei... Mas estou a tentar reparar o erro hoje porque por vezes, parece-me que não estou a ser suficientemente clara. Foi o que aconteceu com este. Os maus momentos a que me refiro ali, foi algo de mau que me aconteceu e que despoletou todos os outros sentimentos que de seguida senti e descrevi. Aquilo aconteceu há mais de um ano e durante as minhas férias em Espanha, é por isso que no cabeçalho aparece o nome "Calpe" seguido da data.

A minha vida é boa e de uma maneira geral, sou uma pessoa feliz. O meu casamento é estável, não tenho grandes problemas com os meus filhos adolescentes, não tenho falta de emprego e normalmente tenho a despensa recheada. O que acontece é que por vezes há algo que faz com que tudo isso desmorone. Foi o que aconteceu naquele dia. Deu-me uma branca que hoje - e inclusivé no dia em que publiquei - me parece uma parvoíce.

Uma vez vi num filme que os diários estão cheios de parvoíces. O meu diário é parte da minha vida escrita em palavras que contam emoções e acontecimentos do dia corrente. Mas também está, verdadeiramente, cheiinho de parvoíces...

Será melhor não publicar mais nada com esta etiqueta?
Se algum dia viermos a adquirir um GPS, teremos menos um meio de diversão. É tão giro andamos perdidos:
Ele - Olhe... desculpe!... Sabe-me dizer onde é que fica aqui assim a rua "tal"?
Se o interpelado souber responder, é-nos explicado pormenorizadamente onde fica a "tal" rua. E já a caminho, surge a dúvida:
Ele - Eh pá!... O homem disse à direita ou à esquerda?...
Ela - Sei lá!...
Ele - Acho que foi à direita...
Ela - Não me lembro...
Como o nosso país está minado de rotundas, chegados à quadragésima quinta rotunda surge outra dúvida:
Ele - Qual terá sido a saída de que o homem falou?...
Ela - Estás a perguntar à pessoa errada...
Eu tenho uma grande dificuldade em reter informação sequencial, tipo: "agora vai por aqui", "depois vira ali", "há-de chegar a um sítio assim assim". Normalmente perco-me toda e descanso pensando que o Luís está a fixar o que está a ser explicado. O Luís é melhorzinho que eu - que remédio! - mas também não é nada por aí além. O que vale é que, quase sempre, esta é uma situação divertida e fartamo-nos de rir. É por isso que eu acho que um GPS não faz falta nenhuma à malta cá de casa.