domingo, 23 de dezembro de 2007

A culpa é do tempo

As buzinas soam estridentes lá fora. Não ligo, continuo absorta em pensamentos. Dou-me conta de quão fácil é ser absorvida pelos meus pensamentos, as buzinas insistem como para me acordar desta apatia. O barulho não me acorda, continua muito longe. O local onde me encontro está vazio, talvez por isso esta minha ausência.
De repente entrou alguém, queria saber preços. Nem me disse bom-dia, eu também não saudei, cansada que estou de tudo isto. Respondeu que era caro num português rudimentar e nem agradeceu a informação dada. Já são tantos anos e eu ainda não me habituei a isto...
Olho lá para fora e vejo que chove. Deve ser por isso que sinto este peso na cabeça e esta apatia em relação ao que me rodeia.
Entretanto, reparo que a culpa é sempre do tempo. O tempo, se tiver costas, deve tê-las mesmo largas...

1 comentário:

redonda disse...

Esperemos que as tenha sim :)