Com o comentário da Redonda lembrei-me que esta história merece que eu conte mais um pouco porque, efectivamente, há mais para contar:
Quando eu vi aquela cena eram 9 horas da manhã aproximadamente e ia a caminho do meu local de trabalho. Passado um bocado, quando estava na altura da minha pausa habitual para tomar café encontrei os pais da menina sentados numa mesa do café do Jorge. E não pude deixar de ouvir que comentavam em que estado de espírito a menina tinha ficado na escolinha. Ouvi a mãe:
- Ela ficou bem, não achas?
E o pai respondeu:
- Sim... ela ficou bem...
Era notório o estado de ansiedade em que se encontravam e eu compreendi-os tão bem que sorri para os dois. O meu sorriso foi correspondido e ficou no ar algo semelhante a cumplicidade porque eu sei quanto custa ter que deixar os filhos "voar" sozinhos.
A ida para a escola é talvez o primeiro vôo que os filhos fazem na vida. Quanto a mim, foi aí que eu percebi que as dores do crescimento existem mesmo, não só para quem cresce mas também para quem vê crescer quem é carne da sua carne. É por isso que acho essencial aproveitar todas as fases e idades dos meus filhos. Ainda hoje ouvi alguém dizer na série de TV "CSI Miami" que ser pai ou mãe não é um direito mas sim uma dádiva. Concordei. Plenamente. Assim intensifico este sentimento de que tenho que ser feliz com todas as fases da vida dos meus filhos. Tento não ficar saudosa do tempo em que ficavam no berço a palrar ou do tempo em que era tão fácil distraí-los para não chorarem e aproveito para me alegrar porque sabem ir sozinhos para a escola ou sabem confeccionar coisas simples para comerem se eu me atrasar a chegar a casa.
Ser mãe é uma dádiva e eu aproveito-a.
4 comentários:
:)
Muito bonito o que escreveste sobre a dádiva :)
Estou a gostar muito de te visitar e ler o que escreves :)
Viva :-)
E ser pai o que é? Nada de respostas estereotipadas :-(
Abraço
VM
Obrigada Redonda. :-)
Vitor Nogueira:
Ser pai é igualmente uma dádiva. E os pais (homens) também sofrem com as dores do crescimento que referi no post mas talvez mais passivamente. Agora, é óbvio que eu sei melhor o que é ser mãe...
(espero que esta não seja uma resposta estereotipada...)
:-)
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