segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Fui ao Centro Comercial Vasco da Gama. Quando passei numa das lojas vi alguém dentro da montra fazendo a contagem dos artigos. Reconheci imediatamente a cara jovem e bonita.

Conheço-a desde que nasceu, na realidade só me faltou vê-la nascer - era a minha sobrinha Ana. Não nos vemos om frequência mas sem motivo especial, apenas porque não se proporciona.

Bati no vidro e ela olhou imediatamente para mim. Reconhecendo-me, sorriu abertamente como é seu costume.

Cumprimentámo-nos já dentro da loja.

- Então tia, como é que tu estás?

Não sei porque é que aquele cumprimento teve um sentido tão honesto para mim. Talvez porque em vez de me cumprimentar com um "Olá, estás boa?" ou um "Tudo bem, tia?" ela perguntou "Então tia, como é que tu estás?", querendo mesmo saber e não só porque é bonito e educado. Senti no seu tom de voz um desanuviamento e uma sinceridade limpa e leve, uma frescura própria de quem tem 22 anos e é feliz. Pensei: "A Ana também não foi embora. Ainda. E ouvir-me-ia se fosse preciso."

1 comentário:

redonda disse...

Estás a ver?
Eu sabia :)