domingo, 18 de maio de 2008

Flores campestres em memória

Maio é o mês das flores por excelência. Desde há uns dias para cá tenho observado as flores com mais atenção e, talvez por ter dado mais atenção às flores, aos pouco me tem vindo à cabeça memórias da minha infância relacionadas com as flores campestres.
Para quem não sabe, eu cresci por estas paragens saloias, muito próximo de onde vivo agora - Loures.
Quando criança, eu não era muito diferente do que sou hoje porque adorava passear, observar, tocar nas coisas e descobrir coisas. Entre estas coisas estão, claro está, as flores e plantas campestres das quais se vestiam os campos com a chegada da Primavera. Quando acabava os meus deveres escolares, eu partia à descoberta tendo por companhia o Tobi, o meu cão.
E assim me lembrei de fazer uma série de post's com fotos de flores e de plantas das quais eu guardo recordações de infância.
Esta série que hoje inicio, apenas tem um senão - não sei o nome de algumas das flores e plantas... mesmo assim, continuo!

Hum... se calhar não começo da melhor maneira... eu não era muito delicada para com as papoilas. Era até indelicada, arrancava os botões ainda por desabrochar e abria-os para ver que cor tinham. Havia-os em três tons - branco (que representava um pintainho), cor-de-rosa (que representava uma galinha) e vermelho (que representava um galo). Estas comparações não sei quem mas passou, talvez o meu pai ou a minha mãe. A verdade é que eu descobri que quanto mais claro era o botão da papoila mais jovem ela era e mais longe estava de desabrochar.
Com os caniços eu fazia apitos. Escolhia uma cana e depois entretinha-me a desfiá-la por camadas de modo a ficar fininha. Quando achava que estava no ponto, soprava e ouvia-se um som semelhante a um apito.
Hum... 'tou a ver que também não tinha delicadeza nenhuma para com os caniços...

E agora a primeira flor da qual não sei o nome. É pena não estar aqui a minha mãe para lhe perguntar. Por aqui há extensões enormes com esta flor e eu, ora fazia ramos enormes com elas e levava para casa (devo dizer que a minha mãe não achava muita piada porque lhe sujava a casa de terra), ora apanhava grandes quantidades e cortava-lhes o caule de modo a ficar apenas a flor e com linha e agulha fazia colares que punha ao pescoço e exibia orgulhosamente. Esta actividade era feita no meu quintal e assim a minha mãe já não se importava. Só tinha pena de os colares durarem apenas um dia... - uma vez mais, indelicada para com a natureza...
Desta planta também não sei o nome. Mas eu chamava-lhe - e ainda chamo - os "namorados". Havia uma espécie de jogo que fazíamos na escola quando dávamos passeios pedestres pelo campo. Há uma parte desta planta que se despega com facilidade ficando na extremidade uma substância que adere facilmente à roupa. E assim o "jogo" consistia em jogar os "namorados" às costas dos meus colegas para ver quem tinha mais "namorados". Quantos mais ficassem colados à roupa mais "namorados" se tinha. A parte mais engraçada era quando eles não davam pela presença dos "namorados" nas costas...

Bem... termino este post com a certeza de que em criança só fazia asneiras... sempre a estragar o meio ambiente. Enfim... infantilidades.

fotos: são todas da minha autoria e foram todas tiradas na região de Loures.

2 comentários:

Luis disse...

Lindas flores, a primavera deste ano está mais colorida e bela, e, é por ti também...

Gina G disse...

Obrigada, Luís. Ainda bem que gostaste.