Há obras lá na rua onde fica a loja onde trabalho. Andam a esburacar o chão para mudar os canos da água e por isso o acesso às lojas e às portas dos prédios está dificultado por existir uma vala para aí com um metro de profundidade. Ora eu sou uma mocinha que anda sempre de um lado para o outro, é um entra e sai todo o dia, saio com frequência da loja e, obviamente, vou ter que voltar a entrar. A vala agora está mesmo à minha porta e a mim custa-me horrores dar trabalho porque de cada vez que eu saio ou entro, um dos "desgraçados dos gajos das obras" tem que pôr um tábua a fazer de ponte para eu atravessar e até o "gajo" da escavadora pára a máquina só porque eu tenho que passar. Como já disse, custa-me horrores dar trabalho às pessoas e uma das vezes em que saí da loja disse ao homem que não era preciso pôr a tábua que eu atravessava assim de um salto, que até nem me custava nada, que eu conseguia, blá blá blá... Resultado? O que estava dentro da vala levantou os braços e disse: - Não senhora! Não salte! Nós pomos a tábua. Dois ou três (já nem me lembro) tomaram a iniciativa de ir buscar a tábua e o da escavadora parou imediatamente a máquina... não queriam que eu me aleijasse... que solícitos!
Vês, Gina? Os "gajos das obras" não são todos umas bestas insensíveis. É verdade que há aqueles que acham que tu (eu) não sabes qual é a diferença entre um casquilho e uma porca de redução... só porque és (sou) uma mulher. Mas isso hoje não interessa para nada...
3 comentários:
Pois - realmente esta situação é muito rara de acontecer e fico feliz por haver algumas excepções nestas "profissões das obras".
Ó para mim a vir agora ler o teu blog quase diáriamente ... sem te conhecer de lado nenhum (nao faz mesmo nada o meu género, não dou normalmente grande conversa a pessoas que não conheço, porque com os anos e com as desiluções que vamos acumulando das pessoas em geral, fica-se cada vez mais "de pé atrás" com quem se fala ou a quem se dá confiança), mas confesso que ontem ao meter o meu primeiro comentário no teu blog (e desculpa se te trato por tu, mas o você aqui não fica nada bem ...), tive a sensação de já te conhecer há anos ... as tuas vivências, a tua familia, o dia-a-dia, parecia o meu ou de outra pessoa minha amiga qualquer. Já agora, para não pensares que sou alguma tarada, apresento-me também muito brevemente - também tenho 2 filhos (os "queridos filhos") rapazes - um com 13 e outro já com 18 (... como o tempo passa), sou casada, tenho 43 a. (que horror ... tanto ... mas o que conta é como nos sentimos e nesse capítulo posso retirar talvez uns 10...) e vivo na zona de Mafra. Também gostaria de escrever assim tão livremente como tu, mas o que me custa é por as palavras que me vêm muitas vezes à cabeça e vagueio por inúmeras ideias, no papel ou neste caso, no blog - há aí um bloqueio qualquer ... pode ser que passe ... aos poucos ... depois de ir lendo mais uns quantos textos teus. Mais uma vez, obrigado pela companhia (virtual) e continua a escrever que vais bem, mesmo que tenhas também dias um pouco mais cinzentos ou menos bons - tudo isso faz parte das pessoas e não seria normal, é não sermos também assim de vez em quando!
São
Obrigado Gigi, por interagir comigo, já estava quase a perder a esperança, é que nisto dos blogs, sou marinheiro de primeira viagem, ou ás tantas o que escrevo talvez não tenha assim tanto interesse para que me digam algo. Contudo perseverante que sou tentarei até que o teclado me doa.
PS perdoe os erros do meu Portugês ruim.
São:
Obrigada por voltares e por gostares tanto! Até fiquei sem palavras... apresentaste-te e tudo! E, pelos vistos, até moramos perto uma da outra.
Ah... aqui é mesmo para a malta se tratar por tu, ok?
Luís:
Tu também voltaste e eu é que agradeço.
Normalmente nisto de blog´s também não sou muito comentada.
Continua preserverante que eu também continuarei!
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