terça-feira, 13 de maio de 2008

Os "gajos das obras" mais queridos que eu conheço

Quem disse que os "gajos das obras" são todos umas bestas insensíveis? Eu disse. Mas hoje, mudei de ideias... por isto:

Há obras lá na rua onde fica a loja onde trabalho. Andam a esburacar o chão para mudar os canos da água e por isso o acesso às lojas e às portas dos prédios está dificultado por existir uma vala para aí com um metro de profundidade. Ora eu sou uma mocinha que anda sempre de um lado para o outro, é um entra e sai todo o dia, saio com frequência da loja e, obviamente, vou ter que voltar a entrar. A vala agora está mesmo à minha porta e a mim custa-me horrores dar trabalho porque de cada vez que eu saio ou entro, um dos "desgraçados dos gajos das obras" tem que pôr um tábua a fazer de ponte para eu atravessar e até o "gajo" da escavadora pára a máquina só porque eu tenho que passar. Como já disse, custa-me horrores dar trabalho às pessoas e uma das vezes em que saí da loja disse ao homem que não era preciso pôr a tábua que eu atravessava assim de um salto, que até nem me custava nada, que eu conseguia, blá blá blá... Resultado? O que estava dentro da vala levantou os braços e disse: - Não senhora! Não salte! Nós pomos a tábua. Dois ou três (já nem me lembro) tomaram a iniciativa de ir buscar a tábua e o da escavadora parou imediatamente a máquina... não queriam que eu me aleijasse... que solícitos!


Vês, Gina? Os "gajos das obras" não são todos umas bestas insensíveis. É verdade que há aqueles que acham que tu (eu) não sabes qual é a diferença entre um casquilho e uma porca de redução... só porque és (sou) uma mulher. Mas isso hoje não interessa para nada...

3 comentários:

Conceicao disse...

Pois - realmente esta situação é muito rara de acontecer e fico feliz por haver algumas excepções nestas "profissões das obras".
Ó para mim a vir agora ler o teu blog quase diáriamente ... sem te conhecer de lado nenhum (nao faz mesmo nada o meu género, não dou normalmente grande conversa a pessoas que não conheço, porque com os anos e com as desiluções que vamos acumulando das pessoas em geral, fica-se cada vez mais "de pé atrás" com quem se fala ou a quem se dá confiança), mas confesso que ontem ao meter o meu primeiro comentário no teu blog (e desculpa se te trato por tu, mas o você aqui não fica nada bem ...), tive a sensação de já te conhecer há anos ... as tuas vivências, a tua familia, o dia-a-dia, parecia o meu ou de outra pessoa minha amiga qualquer. Já agora, para não pensares que sou alguma tarada, apresento-me também muito brevemente - também tenho 2 filhos (os "queridos filhos") rapazes - um com 13 e outro já com 18 (... como o tempo passa), sou casada, tenho 43 a. (que horror ... tanto ... mas o que conta é como nos sentimos e nesse capítulo posso retirar talvez uns 10...) e vivo na zona de Mafra. Também gostaria de escrever assim tão livremente como tu, mas o que me custa é por as palavras que me vêm muitas vezes à cabeça e vagueio por inúmeras ideias, no papel ou neste caso, no blog - há aí um bloqueio qualquer ... pode ser que passe ... aos poucos ... depois de ir lendo mais uns quantos textos teus. Mais uma vez, obrigado pela companhia (virtual) e continua a escrever que vais bem, mesmo que tenhas também dias um pouco mais cinzentos ou menos bons - tudo isso faz parte das pessoas e não seria normal, é não sermos também assim de vez em quando!
São

Luis disse...

Obrigado Gigi, por interagir comigo, já estava quase a perder a esperança, é que nisto dos blogs, sou marinheiro de primeira viagem, ou ás tantas o que escrevo talvez não tenha assim tanto interesse para que me digam algo. Contudo perseverante que sou tentarei até que o teclado me doa.
PS perdoe os erros do meu Portugês ruim.

Gina G disse...

São:
Obrigada por voltares e por gostares tanto! Até fiquei sem palavras... apresentaste-te e tudo! E, pelos vistos, até moramos perto uma da outra.
Ah... aqui é mesmo para a malta se tratar por tu, ok?

Luís:
Tu também voltaste e eu é que agradeço.
Normalmente nisto de blog´s também não sou muito comentada.
Continua preserverante que eu também continuarei!