Hoje o Luís trabalhou até mais tarde e eu andei por ali a gastar tempo.
A Alameda estava visivelmente agitada com a proximidade do jogo importante que iria decorrer.
Três mulheres passeavam cachecóis, com o escrito Portugal - Alemanha, na ânsia de deles se desfazerem para recuperar o investido.
E eu ali a vaguear, só.
Tanta coisa para fazer - e para escrever - e eu ali, só.
Andei por ruas de que não sei o nome e andei por ruas de que sei o nome mas não quis ir àquele jardim.
Não vou lá quando estou nostálgica.
Mudei o rumo e fiz uma volta diferente.
Parei e sentei-me algures.
Escrevi.
Ouvi vozes esganiçadas cantarem o hino.
Ri-me, só.
A rua deserta, o povo calado, a cidade centrada num acontecimento sem sentido para mim.
Ninguém ali.
O entardecer é tão bonito naquela rua!
Fui tomada por algum receio mas deixei-me ficar mais um pouco.
Quis esquecer o medo e esqueci mais um pouco... mais um pouco.
O céu escureceu.
Levantei-me e segui, só.
3 comentários:
Descobri, finalmente, alguém com juízo.
E caminhaste por entre os despojos de uma festa por fazer.
Agora só nos resta preparar tudo e recomeçar de novo, é a única forma que conheço para mitigar a dor...
Olá JG.
Que alegria! Mas olha que há mais...
Olá Luís.
Sim, caminhei durante o jogo mas sem me aperceber do resultado.
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