Há umas semanas que reparo que ele já não me chama "dona Gina". Agora, quando se dirige a mim, omite a "dona" e chama-me só "Gina". Fica estranho mas sei a que se deve essa alteração - ele vem aqui ler isto.
Agora conhece-me melhor, creio. E também creio que leu aqui muitas coisas que desconhecia. E assim ficou a conhecer-me melhor e dispensa o "dona". Só "Gina" é mais íntimo, mais de amigo.
Raramente escrevi com a ideia de que ele viria cá ler. E quando me lembrava fazia sempre por esquecer e sempre conseguia. Agora, enquanto escrevo este post, não há palavra nenhuma martelada neste teclado e enviada para o ecrã que eu não tome a consciência de que ele vai ler.
Não vou esconder que tenho receio que ele não goste de ler o que hoje me está a sair do pensamento para os dedos. Mas eu quero registar que ele já não me chama "dona Gina" porque acho isso muito curioso. E, se eu não tiver a liberdade, ou melhor dizendo, a coragem de escrever sobre aquilo que me apetece, então não vale a pena ter um blog público. Nesse caso, melhor seria escrever somente no caderno de capa colorida que está ali à cabeceira da minha cama.
Já escrevi e já esqueci!
3 comentários:
É um dos inconvenientes de revelarmos a nossa identidade, principalmente quando no blogue expomos o nosso íntimo.
Mesmo assim, não escrevas apenas no caderninho de capas coloridas, ele não permite "conversas" com conhecidos e/ou desconhecidos embora seja um bom confidente. O mais engraçado, nisto dos blogues, é a interacção que permitem.
Bom domingo!
Cá estou eu, de novo, desta vez para avisar que te lancei um desafio no meu cantinho.
O único inconveniente é o receio de provocar algum desagrado, pelo menos por enquanto é só isso..
Como sempre escrevi intimidades consciente de que possivelmente iria ser lida, nunca escrevi "outras" intimidades... :)
Também gosto da interacção que um blog permite.
Obrigada pelo desafio. Responderei assim que puder. :)
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