sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A mulher que manda

O homem veio saber se eu vendia plástico a metro. Respondi afirmativamente.
- Eu depois venho cá com a minha mulher para comprar, a minha mulher é que sabe. Eu só venho saber se tem o plástico para lhe dizer. A minha mulher é que sabe se vai comprar ou não.
Disse-lhe que sim senhor, que aguardaria, que estava muito bem, que não fazia mal nenhum.
Umas horas depois apareceu acompanhando a mulher, digo bem, acompanhando a mulher, trazia uma postura semelhante à de um lacaio cuja honra reside mais na vontade e disponibilidade em obedecer do que na companhia que faz . Naquele momento compreendi o homem pois a sua mulher tinha todo ar de eu é que sei, eu é que mando nisto tudo, vai para ali já, se não vais levas uma traulitada nos cornos.
Ora bem, eu acho sempre muita piada a este género de situações e normalmente safo-me bem com elas. Se manter-me na minha onda é o ideal, safo-me. Foi o que aconteceu.
A mulher, por sua vez, verificou que o plástico não era absolutamente transparente (oh…. que pena). Disse-me que isso era imprescindível (ah… que chatice), sempre muito segura de si e do que queria, ela é que sabia (ok… pronto, sim senhora não há problema).

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