domingo, 23 de novembro de 2008

Não-romantismo

Não sei se pelo lugar da vida em que estou, se pelos lugares por onde passei na vida - será por ambos, talvez... - a verdade é que não tenho sonhos. Mas fantasio impossíveis e detenho em mim algumas vontades e metas, isso sim.
Isto dever-se-á, julgo eu, à vontade intrínseca que sinto em esquartejar todas as situações e todas as pessoas. Apelo ao não-romantismo e vejo tudo pelo lado pragmático, concisa e precisamente. Nem mais nem menos. Seja bom ou mau, é aquilo.
Assim é mais fácil suportar as agruras da vida. Se tiver interiorizado o pensamento de que todas as pessoas são capazes de agir de todas as formas, quer más quer boas, se estiver convencida que todas as pessoas são boas pessoas e têm um (ou muitos) génio ruim dentro delas, e sabendo eu que sou uma dessas pessoas, então tudo fica mais fácil, estou preparada, aceito a maldade dos outros porque sei a que há em mim...
Se afinal somos todos iguais, capazes dos mesmos sacrifícios em prol dos outros ou de uma causa e em simultâneo somos todos capazes de cometer erros gravíssimos, alguns até atrozes, se dependemos de circunstâncias e se são as circunstâncias que nos moldam a personalidade... onde é que há espaço para o romantismo na vida?
Eu não sei como distanciar-me da realidade, não sei sonhar...

4 comentários:

waterfall disse...

Sabes, sabes. Toda a gente sonha.

Gina G disse...

Tens razão, até sei sonhar. Mas evito...

Anónimo disse...

Cuidado!
O sono é a antecamara da morte.
Se sonhas...sonha acordada.

Gina G disse...

São esses os sonhos que evito - aqueles de quando estou acordada.