O senhor José da livraria ligou-me a dizer que já lá estava o livro de Português (finalmente) da rica filha.
Quando lá cheguei disse-me que só tinha arranjado dois e que tinha muita gente à espera desse livro mas como eu lhe tinha comprado todos os livros escolares dos ricos filhos, lembrou-se de mim em primeiro lugar. Pois muito bem, fiquei contente.
Enquanto a menina Carlota trocava umas palavrinhas comigo e facturava o livro, agradeci:
- Obrigada pela deferência.
Ficaram os dois a olhar para mim, sérios e suspensos no ar por qualquer coisa que eu não conseguia ver. Ainda passou pela minha mente insigne que 'deferência' talvez (quem sabe... se calhar... possivelmente...) não correspondia de todo ao que eu queria dizer. Porém, esse instante foi não mais que um instante perecível e efémero - eu sabia que estava certa.
Segue conselho dirigido ao senhor José e à menina Carlota:
Aconselho-vos ardentemente a criarem um blogue. Porque um blogue dá conta do crânio, sim senhor... e tira tempo, ah tira... mas também aumenta consideravelmente o vocabulário. Isto, porque a malta (eu) para não escrever sempre as mesmas coisas, vai à procura por esses dicionários online fora. Onde é que raio acham que fui buscar a 'mente insigne' e o 'perecível e efémero'?
Para além do mais, eu própria desde que tenho um blogue, nunca mais fiquei sisuda e pendurada por algo, depois de ouvir alguém articular (vêem?... cá está outra palavra de fazer suspender no ar por vários minutos qualquer um) a palavra 'deferência'...
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