sábado, 17 de janeiro de 2009

A ponta


Conheço um senhor que tem uma barriga estranha e pontiaguda. Portanto, a barriga do dito é estranha porque é pontiaguda. Há quem diga que se assemelha à quilha dum barco.
É impossível falar com o homem sem que lhe olhe para a barriga. Ele diz qualquer coisa e eu respondo olhando para aquela massa disforme.
O que será que me dá para ter estas reacções? Ainda se fosse olhar para uma barriga daquelas tão definidas que mais parecem um padrão de xadrez. Agora olhar para uma barriga pontiaguda! Oh pá!
Para mais graça lhe dar, o dito é rouco e ainda solta a voz como se tivesse a boca cheia de favas - não percebo nadinha à primeira fala. E toca de responder olhando para a barriga do homem o dobro das vezes. Muito mais do que o necessário... ai a desgraçada da minha vida!

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