Há dias, estavam dois senhores na loja para eu atender. Nenhum dos dois tinha pressa em ser atendido o que é deveras invulgar e acabou por despertar em mim uma grande curiosidade à mistura com picos de ansiedade, ainda que ligeira. Estavam os dois em perfeita consonância:
- É à vontade! - Diziam um para o outro de cada vez que eu falava para um deles com o intuito de os atender. A dada altura dei por mim a tentar perceber qual seria o que me dava mais jeito despachar primeiro. A coisa estava a ficar difícil pois não estava a conseguir livrar-me de nenhum dos dois...
Depois de tantos 'eu não tenho pressa nenhuma!', 'pode passar-me à frente que não há problema!', 'esteja à vontade' e isto, eles um com o outro... saiu-me uma frase que pôs termo a todo aquele impasse:
- Há um dos senhores que vai ter que ficar menos à vontade, que é p'ra eu saber o que hei-de fazer!
A bem da verdade o primeiro a ficar menos à vontade era o mais chatinho dos dois...
- É à vontade! - Diziam um para o outro de cada vez que eu falava para um deles com o intuito de os atender. A dada altura dei por mim a tentar perceber qual seria o que me dava mais jeito despachar primeiro. A coisa estava a ficar difícil pois não estava a conseguir livrar-me de nenhum dos dois...
Depois de tantos 'eu não tenho pressa nenhuma!', 'pode passar-me à frente que não há problema!', 'esteja à vontade' e isto, eles um com o outro... saiu-me uma frase que pôs termo a todo aquele impasse:
- Há um dos senhores que vai ter que ficar menos à vontade, que é p'ra eu saber o que hei-de fazer!
A bem da verdade o primeiro a ficar menos à vontade era o mais chatinho dos dois...
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