sábado, 18 de abril de 2009

Cão d'água


O poeta entrou acompanhando um amigo que vinha comprar fita de calafetar. É que, digo eu, 'tá um frio do caraças!
O amigo do poeta recebeu uma educação à antiga, creio. Saudou-me de modo cavalheiresco, levantando o chapéu e meneando levemente a cabeça.
Conversa para cá e conversa para lá, chegou-se ao assunto 'O cão d'água português que vai para os EUA ou se calhar até já nem vai porque o presidente não aceita a oferta destes humildes'. Aqui perdi um pouco o rumo da conversa e já só ouvi o poeta referir-se a uma côa, o que me fez ficar de antenas ligadas novamente. Ao depois ouvi-o explicar sucintamente: se para o leão é a leoa, para o cão é a côa.

Poder-se-á ser suficientemente artista para se poder inventar palavras?
Começo a sentir uma certa curiosidade em ler o que este poeta escreve...

2 comentários:

V. disse...

Hmmm, não sei não...
Pergunta-lhe o feminino de aldeão e vê se a lógica é a mesma :)

Gina G disse...

A ver se me lembro. :)