terça-feira, 21 de abril de 2009

Rasagando o céu - 4


Não sinto vontade de comentar as minhas fotos. O que sinto ao publicar as fotografias é algo rente ao ridículo pelo inútil que pode parecer aos leitores. O sentimento desse momento não é igual ao sentimento do momento em que fotografo. Para que interessa fotografar múltiplos disto e daquilo? Ou para que interessa fotografar coisas que estejam esquecidas? Tenho medo de não se entender a minha visão da vida nas imagens que capto porque não a sei explicar.
Falta-me qualquer coisa que ligue a escrita à imagem, mesmo que a imagem seja construída por mim.
Errei, quando ao publicar a primeira ideia 'Rasgando o céu', não quis explanar o motivo pelo qual me lembrei daquilo. A seguir àquela ideia vieram outras e nenhuma delas eu expliquei.

)…(

A rasgar o céu

Um belo dia de Março, num daqueles dias de sol maravilhosos que aconteceram em Março, ia eu andando a pé por esta cidade quando de repente vejo uns bons metros acima da minha cabeça deslizar por um cabo um saco de grandes dimensões transportando entulho.
‘Ah… que giro, um saco a rasgar o céu!’ pensei eu.
Depois disto vi muito mais coisas a rasgar o céu. Tive vontade de as capatar. Captei-as. Publiquei-as.


(Primeira parte conseguida. Não doeu nada. E agora vamos a mais fotos rasgando o céu que eu já tinha saudades disto.)



Alameda Dom Afonso Henriques - Lisboa


IC 17 - Savavém

Rua João Fandango - Loures


2 comentários:

Vera disse...

Reconheço a "minha" Alameda na primeira fotografia, ou estou enganada? Às vezes sinto saudades...nem sempre...

Gina G disse...

É a 'tua' Alameda, sim.