domingo, 6 de setembro de 2009

Acabou


As férias desta semana não tiveram assim muita piada. O facto de ter ido trabalhar na Quarta, a juntar ao facto desta ser já a terceira vez num mês que faço as férias desacompanhada, qual anacoreta contemplando o mundo, teve um efeito devastador na minha disposição de Quinta e Sexta. Não fiz praticamente nada do que devia e queria ter feito. Fica para outra altura, embora ainda não saiba quando.
Por ora estou nostálgica e com pena de não ter forçado mais, digo mais porque forcei muito a vontade de sair para espraiar. Mas acabou. Que pena. Não, não vou chorar. Existem coisas boas no regresso ao trabalho. É lá que a musa desce com maior frequência e até com mais intensidade. Estranhamente, é lá que ela se apodera de mim. Deixá-la vir... Ultimamente ando sucinta e desprovida de imaginação no que toca ao escrever. Preciso ver... e aqui em casa não me safo.
Há pouco falava-se à mesa acerca de objectividade. Referi que sou objectiva e a rica filha disse num suspiro de dúvida que acompanhou com uma torcedela de nariz: «Hum... uma escritora objectiva... Hum...» Encolhi os ombros e respondi que não sou escritora defendendo-me por nada... O pior é que ela nem sabe a razão que tem. Se eu quero escrever histórias não posso ser objectiva, ou pelo menos muito objectiva, porque cortarei em palavras e acabarei por eliminar pedaços.
Aos posts de hoje foram-lhe eliminados pedaços. A todos, menos a este. Até amanhã.

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