Introdução
É propositado, creio, o facto de serem sempre os bombeiros mais queridos e simpáticos que consigam arranjar a vender rifas. Felizmente, e para bem da minh'alma e contínua boa diposição, lá os conseguem arranjar assim para o carinhoso no trato.
Sim, vou. Vou falar de um bombeiro, pois.
É propositado, creio, o facto de serem sempre os bombeiros mais queridos e simpáticos que consigam arranjar a vender rifas. Felizmente, e para bem da minh'alma e contínua boa diposição, lá os conseguem arranjar assim para o carinhoso no trato.
Sim, vou. Vou falar de um bombeiro, pois.
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Explicou-me ao que ia: vendia rifas para ajudar uma associação e depois pediu que lhe abrisse o meu coraçãozinho...
Não foi tão fofinho?
Mas eu, que sou ruim, não abri o coraçãozinho nem qualquer outra coisa. E ele, não desistindo logo ali, jogou uma última cartada:
- Então, se puder dar um contibuiçãozinha a gente agradece... - Disse ele com aquele ar cândido que de tão cheio de candura se aproxima da sensualidade.
E eu, que sou ruim, fui buscar uma moeda (da qual não digo o valor porque a minha mão esquerda não tem nada que saber o que dá a minha mão direita) e enquanto lha estendia amandei-lhe para cima um olhar cúmplice acompanhado disto:
- Vá, tome lá para beber um cafezinho.
Isto porque eu, que sou ruim, não acredito que o bombeiro ponha a moeda que eu lhe dei abrindo o meu coraçãozinho e sem informar a minha mão esquerda, a coloque no caixinha da associação...
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