Sabemos que estamos velhos, não só quando começamos a falar na velhice, mas também quando passamos a levar os óculos que a gente usa - usava, quero eu dizer - exclusivamente para ler, ver TV e estar frente ao computador.
E também, quando em conversa com alguém vem à baila o tempo do meu namoro e esse alguém exclama explicitamente e com a voz rente ao horror, faltando-lhe apenas o credo na boca e o benza-deus nos gestos:
- Ah, mas isso já foi há muito tempo!
Aí também já se sabe que estamos a ficar velhos.
«Que horror!» pensei eu. Talvez para não fugir à regra, fiquei horrorizada com o desplante do alguém. É que o alguém é alguém aparentando ter só(!) menos uns dez anos que eu, para aí...
E também, quando em conversa com alguém vem à baila o tempo do meu namoro e esse alguém exclama explicitamente e com a voz rente ao horror, faltando-lhe apenas o credo na boca e o benza-deus nos gestos:
- Ah, mas isso já foi há muito tempo!
Aí também já se sabe que estamos a ficar velhos.
«Que horror!» pensei eu. Talvez para não fugir à regra, fiquei horrorizada com o desplante do alguém. É que o alguém é alguém aparentando ter só(!) menos uns dez anos que eu, para aí...
Sem comentários:
Enviar um comentário