sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

16:03


Eram dezasseis e picos quando me entra alguém por ali adentro.
- Olhe, faça-me um favorzinho...
Olhei e vi a senhora que arranjou as unhas logo depois de mim. Pousou a mala no balcão e abriu-a com as mãos tesas (conheço tão bem estes tiques, fiz o mesmo enquanto media o cabo d'aço) e pediu encarecidamente:
- Tire-me daqui um cigarro...
E eu tirei, pois que não sinto qualquer défice de solidariedade feminina.

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