Deambulei, vi as luzes, as montras, as pessoas, ou seja: assisti à vida, ao bulício e fiz parte deles.
Depois, sendo já hora, avancei para o sítio que era o destino final da viagem e, no fundo, o motivo da mesma: alguém me pedira para ir a uma loja que tem tudo quanto sejam peças para compor relógios.
Apanhei o senhor, já velho, mesmo ao início das suas funções, abrindo a grande porta da rua e depois de lhe anunciar ao que ia segui-o subindo as escadas.
Nas escadas tive a sensação de que entrava noutro mundo, um mundo longe dali, era tudo velho e gasto, como o senhor que eu seguia. No primeiro andar ele parou e abriu uma porta, pediu-me para esperar um pouco e entrou para me abrir por dentro a outra porta daquele átrio.
Dei entrada e deparei-me com uma sala cheia de prateleiras com muitas miudezas relativas a mecanismos de relógios e, principalmente com muitos relógios. Relógios para todos os gostos, resmas deles! Fiquei boquiaberta perante tamanho espectáculo. Enquanto o senhor me aviava o pedido eu estava tão fascinada com o lugar que não conseguia fechar a boca. Há algo fantástico e inexplicável que os relógios têm que exercem um grande fascínio sobre as pessoas. Talvez seja a importância que o tempo tem, digo eu.
Perguntei-lhe se podia tirar uma fotografia aos relógios. Mostrou algum espanto e divertimento, que tentou disfarçar e anuiu ao meu pedido. E eu clique!
(ora bem... aqui era suposto estar a fotografia dos já mencionados relógios mas acontece que não tinha o cabo do telemóvel no mesmo sítio onde está o computador que tem o programa que lê as fotografias do meu telemóvel... e acontece que aos relógios só usei o telemóvel para fotografar, atrapalhei-me toda por causa do pedido que fiz ao senhor... e acontece que eu quero mesmo publicar este post hoje... e acontece que eu devia ter muita vergonha de apresentar um post incompleto mas tenho pouca e por isso cá está ele à mesma... e daqui a uns dias ponho aqui a fotografia)
É de salientar que a fotografia mostra apenas uma ínfima parte da quantidade de relógios que por ali haviam expostos.
Depois de tudo bem admirar, saí à rua e enfrentei o resto da jorna com algumas máculas da minha vida abaladas da memória por momentos, ao menos por momentos.
Fotografias: Lisboa, Rua dos Correeiros, em 10 de Dezembro de 2009
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