quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Pontos resplandecentes de positividade


Intodução

Há tempos, para aí um ano, escrevi vários posts intitulados 'Pontos resplandecentes de positividade'. A ideia era arranjar assunto e escrever positivamente acerca do dia que passara. Tinha lido numa revista que é um bom exercício e podia conduzir à boa disposição. Ao menos conduz à sensação de estar bem disposta e hoje vou buscar a ideia a ver se faço um post alegre porque não estou. Pode ser que fique.
Estou aqui rebuscando nas ainda tão frescas memórias deste dia à procura de qualquer coisa para escrever. Não foi um dia mau, primeiramente porque eu não quero deixar-me pensar que foi.
O frio desajuda o aparecimento de coisas alegres, outras coisas que por ora não me interessa mencionar também desajudam grandemente mas vamos lá.



Todas as mulheres deviam ouvir dois ou três homens conversar sobre cozinhados. É hilariante, por exemplo, a angustiosa indecisão acerca de que prato oferecer aos convidados no próximo Sábado. Expressa por um homem, uma queixa deste tipo é algo sublime de ouvir. Aquilo fica tão bem no ouvido... É música! Uma voz grossa indagando o que há no frigorífico, explorando os confins da memória a ver se lembra realmente o que lá há e que possa oferecer aos convivas... Eh pá, é muito engraçado!

Ao almoço ele apontou para a travessa e disse-me: «Come o tomate.» e eu mandei-o comer ele. «Tu gostas!» insistiu ele e eu respondi: «Eu não gosto muito de tomate. O problemas até nem é dos tomates, é da falta de qualidade dos tomates que há para aí!». Só põe maldade nisto quem quer, claro. Não foi dito maliciosamente mas depois veio o pensamento e as gargalhadas e foi uma coisa assim para o agradável.
O motivo que nos leva a rir é o de menos importância.

Umas horas antes do episódio anterior tinha estado a atender um dos meus forncedores, que é alguém com tenho grande confiança e à-vontade mas que estranhamente não tuteio...
Continuando, pedia-lhe um artigo que o há em várias cores e comecei a ver as faltas. Eu que tenho a mania de inventar palavras e que chamo conananja ao cor-de-laranja e que queria pedir que me fosse fornecido o artigo nessa cor e (já disse) que tenho confiança com o homem, pus-me nisto: «Mande-me o cona... o cona... o cona...» e não saía dali, gaguejava! No meio daquilo ele diz: «Temos todas as conas!»
Outro motivo para rir.


Acrescentando mais positivismo ao meu dia posso dizer que neste momento estou debaixo de tecto, tenho a barriga cheia, há comida para amanhã, tenho um carro ali em baixo cujo depósito para além de ar tem mais qualquer coisa e até tenho saúde, que a saúde é o de maior importância numa vida, que sem saúde nada tem piada numa vida... Bah! Tretas! Tivesse eu antes uma doença física daquelas em que não me levantasse da cama em vez desta tristeza toda.

Ficou um post alegre?! Não, ? Melhor, muito melhor fora pôr aqui uma fotografia ou assim... Vou tratar disso!




É o arco-íris que hoje de manhã apareceu sobre parte da cidade de Loures. Bonito e bem mais bonito ao vivo mas é o que se arranja.



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