quinta-feira, 25 de março de 2010

A caminho


Achei por bem fazer o caminho habitual. Saí duas estações antes e fui o resto a pé. Fui revendo os locias do costume, tentando alegrar-me com as cores e os sons e as gentes, porque a vida é bela e é assim que eu a quero sentir. Isto tudo era a ver se não me dava nenhuma coisa daquelas. Porém, não me escapei... Sentei-me só um bocadinho algures, depois continuei. Eu que sou uma lutadora, ah pois.
A dada altura vi uma senhora conhecida, ela não me viu e eu fiquei com pena. Mais à frente vi uma outra senhora que conheço, ela também não me viu mas aí não tive pena nenhuma... Depois vi ainda uma outra passeando o neto. Ia-lhe ensinando uma lenga-lenga:
- Diz lá filho! Como é? Diz lá para a avó ouvir, vá!
Cumprimentámo-nos com sorrisos e 'boas-tardes'. A cena do menino e a avó alentou-me. As gentes e os locais do costume, que a vida é mesmo para ser assim.
Respirei fundo antes de dobrar a esquina... A vida é para ser assim.


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