quarta-feira, 3 de março de 2010

Casal


O homem tocava um acordeão encostado à parede. Óculos escuros, deixando perceber que não via. Se via ou não é outra coisa.
Mas os óculos, as mãos tocando toscamente uma modinha aprendida de ouvido, isso era real.
À frente desta cena uma mulher estendia o cestinho pedinchando esmola a quem passava. O sorriso era sincero. Ainda era sincero.
É giro ver esta cumplicidade, este trabalhar em conjunto. Ainda e apesar de tudo.


Sem comentários: