A minha avó andou dias com um bicho pousado junto ao peito. Diz que o bicho entrou no íntimo e gostando do calor deixou-se ficar. A conversa não era comigo, o caso era contado à minha mãe mas eu ouvi tudo.
A minha avó espantava-se com aquilo que lhe acontecera. O bicho plantara-se-lhe entre a camisola interior e a camisola de fora. Aquando da hora do banho descobriu-se o bicho. O bicho que a minha avó não soube distinguir a raça. Era um bicho, pronto. E assustou-a. E foi uma história e pêras!
A minha avó enquanto falava aranjava o lenço preto que usava desde os 34 anos, a altura em que enviuvou. Era assim, os costumes. Fizesse frio ou calor, a minha avó usava o lenço negro atado com dois nós por baixo do queixo. De vez em quando a cabeça precisava ser amanhada, ela puxava o lenço para trás da cabeça, ia buscar ao cimo do carrapito a travessa e penteava-se com aquilo, alisando o cabelo, pondo-o no lugar. Depois voltava a pôr a travessa onde a tinha ido buscar, desatava os nós do lenço, colocava-o por cima da cabeça e toca de voltar a dar os dois nós do costume ficando depois muito bem penteada e arranjada... até deixar de estar e tudo voltar ao início repetindo todos estes gestos. Era assim, os costumes.
E o bicho? Foi sanita abaixo, o pobre. Quem manda plantar-se em solo alheio?
A minha avó espantava-se com aquilo que lhe acontecera. O bicho plantara-se-lhe entre a camisola interior e a camisola de fora. Aquando da hora do banho descobriu-se o bicho. O bicho que a minha avó não soube distinguir a raça. Era um bicho, pronto. E assustou-a. E foi uma história e pêras!
A minha avó enquanto falava aranjava o lenço preto que usava desde os 34 anos, a altura em que enviuvou. Era assim, os costumes. Fizesse frio ou calor, a minha avó usava o lenço negro atado com dois nós por baixo do queixo. De vez em quando a cabeça precisava ser amanhada, ela puxava o lenço para trás da cabeça, ia buscar ao cimo do carrapito a travessa e penteava-se com aquilo, alisando o cabelo, pondo-o no lugar. Depois voltava a pôr a travessa onde a tinha ido buscar, desatava os nós do lenço, colocava-o por cima da cabeça e toca de voltar a dar os dois nós do costume ficando depois muito bem penteada e arranjada... até deixar de estar e tudo voltar ao início repetindo todos estes gestos. Era assim, os costumes.
E o bicho? Foi sanita abaixo, o pobre. Quem manda plantar-se em solo alheio?
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