sábado, 26 de junho de 2010

Bengala




Ele vê o que pode fazer numa torneira que não deita água, ela arrasta-se, quer ver tudo, não por desconfiança, antes por querer ver como é para contar como foi. Repara que estou em pé. A senhora que mal consegue andar convida-me a sentar... Agradecida puxo uma cadeira e sento-me. Tocam à campainha. Aviso-a porque percebo que não ouvira o toque. Novo arrasto até à porta, não ouviu a minha pergunta, se queria que fosse abrir. A senhora do apoio domiciliário afinal tinha chave, encontraram-se a meio caminho, frente ao frigorífico que é aberto pela visita por modo a preencher os espaços vazios com alguns alimentos. Lá vem ela outra vez, devagar, apoiada na terceira perna e nos móveis da casa. Afinal também quer um tampo de sanita, um sifão duplo e uma misturadora de banheira…


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