Um jovem arrancou com o carro e não viu um poste mesmo à frente do nariz. Bum! Grande estrondo, pára-choques partido e depois grande aceleradela e pneus a raspar no chão mostrando o quanto ficou irritado.
De repente fiquei com a certeza que aquela minha azelhice de arrancar um pino de trinta centímetros, cravado no chão e pintado a vermelho do meio para baixo com a frente do meu carro não é nada a comparar com aquilo que o jovem fez. Que horror, que falta de visão.
Fui à farmácia buscar os comprimidos para curar a minha maluquice, já quase não tinha. A rapariga... ai, a rapariga não, a senhora doutora da farmácia ficou alarmadíssima por não os ter em stock, diz que os tinha esgotados mas que viriam no dia seguinte sem falta. Perguntou-me ainda em grande aflição se eu teria que chegasse. Disse que sim, que não se preocupasse. Note-se que a preocupação a ela pertencia. Eu não, eu não estava preocupada. Eu não me tinha ainda lembrado sequer de me preocupar com a - outrora presumível e hoje efectiva - falta do fármaco em questão.
De repente fiquei com a certeza que tenho ao menos o título de maníaco-depressiva e sou mesmo tóxico-dependente. E eu que não sabia de nada disto...
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