domingo, 24 de outubro de 2010

O animal

Esta é a tartaruga da rica filha. De vez em quando lembro-me que nunca falei aqui desta bichinha. Existem vários motivos para tal, creio. Não tenho grande ligação com ela porque não sou capaz de lhe mexer, é tão ruim que quando a estão a tratar está sempre pronta a morder, a água nunca tem um aspecto limpo e causa-me algum embaraço mostrar uma espécie de lago... acastanhado, vá.
Ontem pus-me a olhar para ela, voltei a lembrar-me que nunca aqui lhe fiz referência e fui tirar-lhe fotografias. Apresento uma delas mas em ponto pequeno exactamente por causa do embaraço.
Por coincidência, ou então não, dei com um texto do rico filho escrito em Abril de 2004, tinha ele 9 anos e andava ainda no quarto ano da primária. Pedi-lhe autorização para o transcrever para aqui, que eu sou uma mãe muito educada, ele disse que sim e lá vai, então:


Inventa um diálogo entre ti e o que tu quiseres:

Tuga, a tartaruga da minha irmã

Era uma vez uma tartaruga que se chamava Tuga (que é a tartaruga da minha irmã).
Ela vivia num aquário com outra tartaruga (Kirine, que só levava dentadas da Tuga).
Um dia quando estava sozinho em casa ouvi a Kirine gemer. Fui ter com a Tuga, e disse:
- Porque é que mordes a Kirine?
- Porque não gosto dos camarões que o teu pai e a tua irmã me dão! - Respondeu-me ela.
- Então bastava dizeres! – Disse-lhe.
- Pois, mas queria mordê-la porque ela me provoca…
- Nunca tinha falado contigo! Nem com a Kirine e os meus pais não vão acreditar que não gostas de camarões. Sabes tu és enorme!
De repente ouvi a minha irmã a dizer "André acorda, adormeceste no sofá! Olha que eu faço-te cócegas! Vá lá, André!"

Fim!

Sem comentários: