quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Dias de um ginásio

Há que tempos não escrevo dos meus dias de ginásio. Sosseguei neste assunto porque o que me apetecia escrever, o que me vinha à cabeça, estava sempre envolto em sexo ou, quando muito, sensualidade. Seja lá o que for, se escrevesse o que a minha mente me ordenava, o fulcro seria inevitavelmente de cariz perverso. Se não, vejamos:

Uma das minhas colegas de exercício confidenciou-me que se andava a esforçar (e muito!) para que o cú saísse. Fiquei espantada com o desejo da mulher, a sua aparência não era em nada demasiado grande, porque quereria ficar ainda mais pequena?! Quando manifestei o meu espanto ela explicou que não queria que lhe desaparecesse nada, queria o cú saído, tipo prateleira. Ah... percebi-a, então. Há mulheres sem sorte nenhuma na vida...

São muitas vezes as que um monitor brinca comigo, a fingir que me dá alento, dizendo coisas como: 'Coragem, Gina...', quando na verdade o que ele faz mais não é do que gozar com a pobrezinha aqui.
Primeiro impulso: mandá-lo à merda. Segundo impulso: incentivá-lo a mudar de conversa porque aquela já cansa, oh se cansa! Terceiro impulso: aconselhá-lo a dizer-me que sou giríssima, elegantérrima, super-chique e mega-charmosa. Acrescentar ainda que não faz mal nenhum isto ser tudo mentiras, era mesmo só para variar de tema e, sobretudo, variar para um tema que transborda positivismo. É disso que todos precisamos, afinal.

Vi uma barata às voltas dentro do visor da balança onde me peso, aparentemente assustadíssima com algo. Esperei com ardor que esse algo não fosse a dezena em que se insere o meu peso.
E o que é que baratas, peso e balança tem a ver com sexo? Tudo. Bem, tudo não, só as baratas. As baratas reproduzem-se aos milhares e a uma velocidade incrível. Para reproduzir é necessário... Isso mesmo: sexo. Pelo menos no caso das baratas.

Sexo, perversidade, sexo, perversidade, sexo, perversidade. Fartei-me.

...

Mas...

Um dia destes entrei no balneário... Hum, não vou escrever!

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