Lisboa - Praça de Londres, 4 de Novembro de 2010 |
O outono chegara
mas o amor em nós continuava
feito esperança.
O tempo, o nosso tempo era intemporal
o outono vivia em nós,
mas nós fora do tempo não o sentíamos.
Só hoje o sentimos
quando o homem nascido de nós
nos atirou para fora do seu tempo
e nós ficámos lívidos apavorados
amolgados na dor
mortos na esperança
perdidos no tempo.
Caminhámos os dois, mãos nas mãos
no caminho com o arrastar dos pés
varremos as folhas caídas
e varremos a esperança das nossas vidas.
O inverno virá em seguida.
Nada mais importa.
H.M. Larcher, In Para te oferecer
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