Não interessa que chova a púcaros ou a cântaros. Tenho que sair. Tenho que andar, arejar, ver. Escrever.
Não interessa a chuva. Vou andar à chuva e pensar em gelados de morango numa esplanada sombreada e granizado de laranja à beira de uma piscina azul. A chuva insistente não interessa para nada, vou pensar em calor, suor, biquini e sal. Ondas pequininas num mar calmo, areia a queimar a pele. Cheiro a sardinhas, pimentos. Lembrar cravos às janelas de Lisboa.
A chuva não me interessa; não assim; a chuva não me impede de nada; eu não deixo.
Vou ali e já venho.
Molhei os pés, a roupa, gelei as mãos e o nariz. Há coisas que faço com vontade e nem quero saber porquê.
Lisboa - Rua Brito Aranha, 20 de Dezembro de 2010
Lisboa - Rua Brito Aranha, 20 de Dezembro de 2010
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