A Maria do Céu ia à igreja. Ia assiduamente, orava fervorosamente, exultava jubilosamente, cantava... mal p'ra caraças!
Tinha um belo par de pernas que tentava a todo o custo tapar... o recato era ordenança do senhor. Mas a Maria do Céu não resistia, cada um(a) mostra o que tem de melhor...
A Maria do Céu não parava, era uma mulher muito mexida. Um barulho ritmado era ouvido ao mesmo tempo que a palavra era ministrada pelo obreiro espiritual. Era ela. Riscava com lápis de cores passagens bíblicas que considerava interessantes, queria-las destacadas das outras mais apagadinhas. À noite, quando pegasse na sua arma espiritual para afugentar medos e problemas, frutos da vida atribulada que levava, essas passagens bíblicas saltariam à vista, consolando-a nessas horas de amargura.
O senhor também ordenava reverência na sua casa. A Maria do Céu não possuía recato, bem vistas as coisas... usar saias acima do joelho... Riscar a palavra... Produzir sons em nada condizentes com o que estava a passar-se... Mas todos são bem-vindos à casa do senhor, então... os irreverentes também!
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