quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

As ruins

Não sou a única ruim vivendo à face deste planeta, evidentemente, há mais.
Elas eram duas – ruins, ruins, ruins – e falavam dos seus próprios meninos que são da idade do meu, adolescentes desatentos e preguiçosos, portanto. Não há volta a dar, amiguinhas...
Continuando, uma queixou-se:
'Ai o meu, vê lá tu, perde-me tudo... os cartões, os cadernos, os lápis. E tem o quarto nojento, farto-me de o mandar arrumar mas aquilo é de um dia para o outro!'
A outra ataca instantanemante:
'Ai o meu já me disse, ó mãe, tu dizes que eu tenho o quarto sujo, devias ver o do não sei quantos! Tem tudo espalhado! Montes de roupa em cima das cadeiras! Ténis no chão! O não sei quantos até tem a prancha ainda com areia da praia no quarto, mãe!'
A primeira frisa, a ver se não se percebe a completa desgraça que é como mãe e dona de casa:
'É de um dia para o outro! Mas de um dia para o outro!

É deixar andar, amiguinhas... não seremos nunca donas de casa exemplares (desesperadas talvez...) nem as mães perfeitas que queremos ser.

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