sexta-feira, 4 de março de 2011

O cantinho

O senhor da transportadora pediu-me que assinasse 'aqui assim neste cantinho simpático'. Os cantinhos são normalmente simpáticos, pensei eu, são lugares aconchegantes, escondidos.

Troquei-me as voltas. Agora ando numa de passear na Avenida de Madrid (Lisboa). Não que haja algum cantinho mas há um recanto aprazível aos sem-abrigo, ali junto à PT. Tem bancos, sol em chapa, pouco bule o vento, tem duas árvores carregadinhas de flores lindas. Ter-me-ia sentado num bancos para gozar o sol das duas da tarde, assim não estivessem ocupados. Segui. Toda a avenida é soalheira, de um lado apenas, a vegetação não varia do comum existente nos quintais lisboetas mas a mim agrada-me essa vulgaridade. Há pouca gente, pouco barulho, pouco trânsito. O prazer, esse tenho em muito, gosto das ruas assim, parece que estou noutro mundo. Tenho para mim que estou mesmo.

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