Conheci a sô dona Fininha, de seu nome de baptismo: Delfina. À porta tinha três chapéus de chuva de boa qualidade dentro de um jarrão que veio de África, um vulgar aparador na casa de entrada serviam de poiso à jarra com flores secas fazendo pendent com o clássico cinzeiro que serve para descansar os molhos de chaves e o busto dum africano, uma escrivaninha minúscula, um telefone moderno em cima dela e uns papéis rasgados contendo dois ou três números de telefone num tamanho espantosamente gigantesco, espetados por pionaises na parede forrada a corticite.
É quase cega, a sô dona Fininha... Daí o tamanho dos números. Mas observava atentamente a operação que se fazia na sua fechadura. A curiosidade e o interesse podem não ter olhos sãos.
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