Há situações na minha vida que encaro como verdadeiras aventuras. A ida ao médico é uma delas, as idas à ginecologista, então... anda cá se queres!
Ontem fui à senhora doutora ginecologista, uma aventura, portanto. A primeira questão trágica é: qual a data da sua última menstruação? Oh, doutora... Sei lá eu! Lá respondi como pude... Ou como me lembrei!
Depois a tragédia engrandece: tem perdas de urina? Respondi que sim, quando espirro. Eu ri-me muito mas ela não corroborou.
E segue-se o ritual pavoroso precedido por muitas aberturas de gavetas para onde eu espreito e vejo toda uma parafernália de objectos pontiagudos e verdadeiramente assustadores e ela vai-me aconselhando a descontrair enquanto me anuncia toda a classe de objectos que introduz... os leitores sabem onde, para retirar... os leitores sabem o quê.
Enquanto a cena dura mantenho o meu lado fóbico sob controle, penso nas coisas boas da vida, como pastéis de nata, por exemplo, e contenho-me para não perguntar:
– Doutora, essa luz fortíssima tem mesmo que incidir sobre aquela zona do meu corpo?! Isto não é tudo uma questão de instinto?! É que a mim parece-me que anda aos apalpões! Luz para quê, doutora?
Oh, vida...
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