Vi uma das edições do Eurofestival em condições anormais: em casa de uma cliente enquanto o meu colega montava duas misturadoras de casa-de-banho. Depois dos portugueses apresentarem a sua conção vimos bocadinhos de filmes e séries e ainda um programa desses da vida real que dá na RTP 1 e ao qual achei a graça do costume: nenhuma.
Ainda na casa da cliente falei ao telefone com a sua sobrinha, que conheço (quase) de ginjeira e que se encontrava numa cama de hospital devido a uma cirurgia sem gravidade. Desejei-lhe as melhoras e essas coisas bonitas que a gente diz em situações destas.
Uns dias depois a sobrinha ligou-me com o propósito de agradecer muito a atenção para com ela e o cuidado em servir rapidamente a sua tia e ainda me deixou um beijinho especial.
Pode dizer-se que sou uma mulher de sorte por lidar com gente benévola, porque tenho (talvez...) mais oportunidades de viver episódios cheios de emoção devido ao contacto directo que tenho com os mais variados tipos de pessoas - eu estava numa casa que não é minha nem de nenhum familiar meu e falei com alguém que conheço apenas porque lhe vendo umas coisas uma vez por outra, mas falei-lhe como se fosse minha amiga - pode dizer-se que a minha vida é estranha, invulgar, esquisita. Estareis cobertos de razão se assim pensardes. Eu, porém, apenas retiro o seguinte: há pessoas verdadeiramente ternurentas, e eu só posso ficar grata por poder desfrutar da sua existência.
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