sexta-feira, 17 de junho de 2011

Sinto-me um bocado febril nos pensamentos. Andam à roda da minha cabeça, fica tudo difuso e insignificante. Não é que já esteja curada (ver post anterior) mas é que hoje é-me muito necessário escrever. Pode ser qualquer coisa, o que interessa é, sobretudo, escrever. Vou escrever da praia e de livros.

As coisas que se podem ver debaixo do meu braço estando eu deitada na areia. Dois nadadores-salvadores comentando um banhista afoito demais, uma senhora loura de caracóis definidos (tão lindos!) espalhando protector solar no rosto, as perninhas finas de uma menina agitada com o estar na praia.

Há pessoas que se acalmam olhando para o mar. Eu não. Compreendo-lhe a imensidão, a força, conheço-o muito maior que eu e a minha exitência, mas o mar a mim não me acalma. Sinto-lhe o poder e é só.

«Um dia, num encontro com um escritor, uma mulher que fez da sua própria vida e dos seus próximos objecto de escrita: 'Tenho a sensação de cavar, de estar a enfiar-me num poço.' Espanto da minha parte. Nesse tempo a escrita para mim não era um poço, pelo contrário, era o espaço, percorrer, explorar... In
'Frases curtas, minha querida' de Pierrette Fleutiaux (página 54)»

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