Comprei alperces ali assim duas ou três vezes esta semana. Vim até aqui andando e comendo. Uns não prestavam e desses não falo, cada um manda naquilo que escreve. Outros eram muito bons, tinham aquela acidez que eu gosto, o pêlo suave da casca, esse travão na língua prolongando o gosto do fruto na boca. Fui depositando os caroços aqui e ali, ora no alcatrão da avenida, ora no passeio, ora nas rodelas de terra onde descansam as árvores. Daqui a uns anos nascerão árvores deste fruto. As que nascerem no alcatrão e no passeio darão maus alperces, as outras, as que nascerem nas rodelas de terra, darão os bons. Vai ser assim porque eu quero. Vai ser assim porque cada um manda naquilo que escreve.
1 comentário:
Bom não me pareceu muito bonito essa de deitar aqui e ali os caroços, mas aqui que ninguém nos ouve, eu faço o mesmo.
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