A senhora veio ter comigo e dirigiu-se-me muito condoída.
«Ah, eu queria um esfregão de arame mas já está fechada... Olhe só a maçada que lhe estou a dar... Ai coitada... Ter que abrir a porta à hora de almoço... Assim canso-a...»
Desculpei a senhora com as frases da treta já costumeiras - que não passam de puras hipocrisias com as quais temos de viver, quer queiramos, quer não – e disse-lhe que para se redimir do incómodo causado comprava-me meia dúzia de esfregões e não se falava mais nisso. Porra!, diz ela muito depressa.
Ai as hipocrisias, as hipocrisias...
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