quarta-feira, 27 de julho de 2011

Vergonha

Às vezes as pessoas ficam algo apreensivas ou até mesmo nervosas antes de pedir as coisas. Não que eu venda preservativos ou bombinhas de mau cheiro, o mais que faço é vender tubinhos de vaselina que podemos facilmente associar a virgens, celibato e, horror dos horrores, sexo. Já agora, numa de publicitar (porque não?), acrescento que também tenho vaselina em embalagens de duzentos e cinquenta gramas e até de um quilo para os casos difíceis.
Há nas minhas prateleiras pensos higiénicos e tampões para senhoras, estou a lembrar-me. Mas as senhoras em idade de menstruar já não sentem vergonha de comprar este tipo de produtos, isso era dantes. Então, também não é por aí. Esta é a realidade: eu vendo coisas normais, para pessoas normais e pelas vias normais.
Portanto, caros clientes desta dependência química (lá estou eu a falhar, agora liguei o texto a drogas, oh céus... devia ter escrito drogaria, simplesmente), não tenham vergonha de mim, não se deixem levar pelo embaraço, esse castrador de vidas, está bem?

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