sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Lendo

Acabei...

… De ler o livro 'O bilhete de lotaria nº 9:672' de Júlio Verne. Não que tenha sido ler um prazer ler este livro mas li-o. Empenho, preserverança ou teimosia? Teimosia, claro que sim.
É enfadonho que se farta, só houve ali um bocadinho de nada, quase ao fim, em que achei 'queres ver que o velho afinal quer é casar com a miúda e anda metido no desaparecimento do noivo dela?!'
Não, não vou desmistificar a coisa, não gosto de desmanchar o prazer de ninguém.
No fim do relato, o número – 9:672 - impresso no bilhete de lotaria saíu... A quem?!
Não conto. E não escrevo mais nada, a não ser o agradecimento ao senhor simpático que me emprestou o livro com o intuito de eu perceber as voltas que um bilhete de lotaria pode dar. Obrigada, senhor...


Entretanto...

… Como não achava grande piada ao Júlio Verne e o seu 'Bilhete de lotaria nº 9:672' ia intercalando a leitura com outro livro, esse sim, interessante: 'Ao Sul' de Napoleão Mira. Este foi um livro que comprei no Museu da Ruralidade em Entradas, Baixo Alentejo, em Agosto último.
É um livro com o qual me identifico uma vez que as minhas raízes são alentejanas e conheço o modo de viver dos alentejanos. Retratando Entradas, uma terra ali tão perto da dos meus pais, sinto-me até bastante próxima do que leio, quase como se estivesse eu também a viver o livro.

«Gosto muito de Entradas. Gosto do cheiro das coisas. Gosto das pessoas e das casas. Gosto do cheirinho a comida feita na lareira, que pela tardinha, assim ao anoitecer, empresta ao ar uma atmosfera que me obriga a recuar no tempo e a viajar a outras latitudes temporais, que me trazem à lembrança um gosto raro de felicidade olfactiva.»

In
'Ao Sul, Napoleão Mira

Nota: página 51

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