sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Gaguez

Hoje fui a outra dependência bancária. Não que tenha traído a dona Carminda, não senhores, mas é que gosto de variar. Fui ali assim ter com um jovem senhor que também já vou conhecendo, muito embora seja um sujeito bastante reservado. Eu ia fazer dois depósitos (a malta daqui é podre de rica!). Estendo-lhe o primeiro molho.
– É para depósito? - Pergunta o bicho. Estranhei um bocadinho e respondi afirmativamnte.
Trec trec trec, martela o jovem no teclado obedecendo ao meu comando de voz quando lhe anuncio o número de conta previamente solicitado pelo mesmo. Pede-me para assinar. Assino. Dou-lhe o papel logo seguido do segundo molho de notas (grossíssimo, claro):
– É para depósito?
– Mas existe mais alguma opção, estando eu com dinheiro na mão?! - Perguntei eu. O moço hesitou, disse que eu poderia eventualmente pretender efetuar um pagamento de cartão... Hum, então está bem, há duas opções, não se fala mais nisso. Ao depois desta cavaqueira toda restavam as despedidas.
– Adeus, boa tarde. - Disse eu.
– B-Boa-tarde-de-de.

Segunda-feira volto a correr para os braços da dona Carminda, já decidi.

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