terça-feira, 18 de outubro de 2011

Joguinho

Não é que eu seja extremamente rápida a escrever à mão mas lá que me safo bem, safo, uma vez que não é absolutamente necessária uma caligrafia bonita quando tomo apontamento da morada dos clientes que requisitam serviços no domicílio. Hoje, enquanto trabalhava nessa função, não me pareceu nada que estava a trabalhar, antes a jogar um qualquer jogo inventado. Se não, vejamos.

Diga-me a morada, por favor, peço eu.

Rua...

Fiquei a olhar esperançada que a mulher desbobinasse toda a morada, pois eu escrevê-la-ia mais ou menos à mesma velocidade. Tal não aconteceu, porém, e eu escrevi 'Rua'.

José...

De notar que as palavras eram proferidas com uma pausazinha entre cada sílaba. Voltei-me para o papel e escrevi 'José'.

Acúrcio...

Desta vez já não esperei porra nenhuma e escrevi duma vez 'Acúrcio das Neves', já que é uma rua que conheço bem. Depois só tive de arranjar paciência para o número da porta, do andar, os dígitos do contacto telefónico... e o nome.

Que jogo mais chato! Não gosto de jogar. Não gosto mesmo nada de jogar...

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