Na churrasqueira estava um menino de uns cinco anos com o pai. Inquieto e curioso, percorria o pequeno espaço, parando aqui e ali, tomando especial atenção na bancada aberta, com caixinhas de salada já preparada e saquinhos de azeitonas pretas tão à mão de semear que eram uma tentação para o petiz. De vez em quando fazia perguntas ao pai, que atencioso lhe respondia num modo simples.
A cena lembrou-me o rico filho. Pensei o quão distante estou do tempo em que ele tinha esta idade, que já foi infantil e simples, tão inquieto e curioso como este menino, e agora tem o corpo e o rosto de um homem.
Detive o olhar nas faces lisas do menino. Virei-me para o Luís:
- Já pensaste que ele um dia vai ter barba?! Não é estranho?!
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