sábado, 8 de outubro de 2011

Os dói-dóis

Quando faço raspas, raspo também a pele junto ao ossinho do meio do polegar. De um qualquer polegar, depende da maneira como seguro no instrumento, uma vez que sou uma senhora muito versátil e habilidosa. Habilidosa no sentido de conseguir não juntar a pele com as raspas e mandar tudo para dentro da tigela do bolo, quero eu dizer.

Tenho uma faca muito boa, de lâmina larga e afiada e uns cortezinhos côncavos que parecem pequenas pevides na lâmina. Acho que essas 'pevides' servem para despegar os alimentos quando estão a ser cortados. A faca é tão boa que até consigo picar a cebola velozmente como a gente vê nos programas de culinária. Mas há sempre bocadinhos que ficam agarrados à lâmina, vai daí, vou lá com os dedos e tento soltar as teimosas partículas. E pumba, corte no polegar, corte no indicador. Ai ai ai... Novamente é precisa alguma perícia, desta feita no sentido de não juntar glóbulos vermelhos e outras coisas à comidinha.

Ora bem, e portanto, tenho quatro dói-dóis. Mas estão todos a cicatrizar muito bem, obrigadinha.

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